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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
denúncia

Pais denunciam condições precárias em unidade que recebe crianças transferidas do CMEI Orlando Alves

Superlotação, falta de higiene, insegurança e ausência de planejamento pedagógico geram revolta após início de transferências para o CEI Luzeiro

Micael Silvapor Micael Silva em 25 de junho de 2025
Pais denunciam condições precárias em unidade que recebe crianças transferidas do CMEI Orlando Alves Foto: Divulgação
Pais denunciam condições precárias em unidade que recebe crianças transferidas do CMEI Orlando Alves Foto: Divulgação

As crianças do CMEI Orlando Alves de Carneiro começaram a ser transferidas nesta semana para outras instituições de ensino em Goiânia. Uma das unidades escolhidas foi o Centro de Educação Infantil (CEI) Luzeiro, localizado no setor Cidade Jardim. No entanto, o que era para ser uma solução provisória virou motivo de indignação para muitos pais.

A dona de casa Cris Lani, mãe de um aluno do CMEI, relata que os pais  foram até o prédio da unidade original de forma inesperada para dar início às transferências. Após conhecer o novo local, ela diz ter ficado chocada com o que encontrou.

“Hoje, fomos ao prédio do CMEI de surpresa para começar a transferência das crianças. Quando vi as fotos do CEI Luzeiro, fiquei indignada. Eu, como mãe, jamais deixaria meu filho em um lugar daqueles”, afirmou.

Leia mais: Alunos de CMEI são transferidos para unidade em reforma ligada a presidente da Fecomércio-GO

Segundo Cris, o local apresenta uma série de problemas estruturais graves: salas superlotadas, banheiros sujos, refeitório mofado e com goteiras. Um dos pontos que mais preocupa a mãe é a presença de remédios acessíveis às crianças dentro do prédio.

“Tem um espaço cheio de medicamentos ao alcance de qualquer um. Se uma criança entrar ali sem supervisão, pode se intoxicar. É muito perigoso”, alertou. Ela também aponta a falta de segurança no entorno da escola: “As crianças tomam banho ao ar livre, sem nenhuma privacidade. O muro é baixo, qualquer pessoa pode pular e entrar. E só existe uma rota de fuga. Se acontecer alguma emergência, não tem para onde correr.”

Outro ponto destacado é a ausência de planejamento pedagógico e alimentação adequada. De acordo com Cris, não há cardápio nutricional, nem número suficiente de profissionais para atender as turmas com qualidade.

“Tem uma professora ou auxiliar para mais de 16 crianças. E o pior: todas dormem juntas, de 2 até 11 anos de idade. Isso não é educação infantil, é improviso. No CMEI, existe estrutura e organização. Lá, não tem nada.”

A mãe conclui dizendo que não aceitará a transferência de seu filho até que haja garantia de condições adequadas para o aprendizado e a segurança das crianças.

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