Adolescente de 14 anos mata pais e irmão a tiros após ser impedido de viajar no RJ
Garoto de 14 anos foi impedido de viajar para ver a namorada no Mato Grosso do Sul e decidiu executar a família

Na quarta-feira (25), a Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu um adolescente de 14 anos que confessou ter matado os próprios pais e o irmão de 3 anos. O triplo homicídio ocorreu no último sábado (21), em Comendador Venâncio, distrito de Itaperuna no Rio de Janeiro, e chocou a região pelo grau de frieza demonstrado pelo jovem.
De acordo com as investigações, o garoto executou os crimes após os pais o proibirem de viajar até o estado do Mato Grosso para conhecer uma namorada virtual. A adolescente, também de 14 anos, teria sido conhecida em jogos online. Contrários ao relacionamento e à viagem, Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, e Inaila Teixeira, de 37, se tornaram alvo do filho.
Na madrugada de sábado, enquanto a família dormia, o adolescente pegou o revólver do pai – que possuía o registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) – e disparou contra os três. Após os assassinatos, ele espalhou um produto químico pela casa e arrastou os corpos para uma cisterna, onde os escondeu.
Nos dias seguintes, familiares começaram a questionar o paradeiro das vítimas. O adolescente, no entanto, inventou uma história: disse que o irmão havia engolido um pedaço de vidro e que os pais o levaram ao hospital. Nenhuma unidade de saúde, porém, confirmou a entrada da família.
A descoberta do crime
Na terça-feira (24), a avó e um tio do jovem acionaram a polícia e registraram o desaparecimento. No dia seguinte, agentes foram até a residência e encontraram manchas de sangue no colchão, roupas ensanguentadas e os celulares das vítimas escondidos dentro de uma bolsa. O forte odor vindo da cisterna levou os investigadores até os corpos.
Durante o depoimento, o adolescente demonstrou frieza e falta de arrependimento. Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelo caso, ele chegou a afirmar que “faria tudo de novo”. A polícia também descobriu que o jovem havia pesquisado na internet como sacar o FGTS de pessoas falecidas, o que pode indicar a intenção de lucrar com a morte dos familiares. “O garoto confessou com tranquilidade, de forma fria. Disse não estar arrependido”, relatou o delegado.
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