Após os 40, corpo muda e exige novos cuidados com alimentação e exercícios
Adotar bons hábitos alimentares, manter uma rotina ativa e cuidar do bem-estar físico e emocional são atitudes que fazem toda a diferença
A chegada aos 40 anos representa, para muitas pessoas, um momento de reflexão sobre a própria saúde. É nessa fase que o corpo começa a responder de forma mais intensa aos excessos cometidos ao longo do tempo. A perda de massa muscular e óssea se torna mais acentuada, o organismo sofre mais com noites mal dormidas, dores passam a ser frequentes, o controle do peso se torna desafiador e tanto o fôlego quanto a disposição tendem a diminuir. Essas mudanças estão ligadas ao processo natural de envelhecimento, que afeta diretamente o metabolismo.
Ainda assim, é possível retardar os efeitos desse processo por meio de escolhas saudáveis no dia a dia. A alimentação assume papel ainda mais relevante após os 40 anos, especialmente porque doenças crônicas como diabetes tipo 2, hipertensão, gordura no fígado, infarto e AVC se tornam mais comuns e estão frequentemente associadas ao excesso de peso e a uma dieta rica em alimentos ultraprocessados. Reduzir o consumo de frituras, fast-foods e doces e priorizar refeições com frutas, verduras, legumes e castanhas é essencial.
Esses alimentos naturais são fontes de vitaminas e antioxidantes que ajudam a combater o estresse oxidativo, um dos principais fatores ligados ao envelhecimento precoce, a doenças cardiovasculares e até a alguns tipos de câncer. O consumo de proteínas em todas as refeições também se torna ainda mais importante. Elas garantem saciedade, fator essencial para o controle do peso, e fornecem os aminoácidos necessários para a construção e reparação de tecidos, inclusive os músculos. Carnes, ovos, peixes, leite, iogurtes e suplementos proteicos são boas alternativas para manter esses nutrientes no cardápio.
A atividade física, por sua vez, é considerada uma aliada indispensável nessa etapa da vida. À medida que envelhecemos, a perda de músculos compromete a realização de tarefas simples, como sentar, levantar, subir escadas ou carregar objetos. Práticas como musculação e treinamento funcional ajudam a manter ou ganhar massa magra, enquanto exercícios aeróbicos favorecem a saúde do coração. Além de todos os ganhos físicos, movimentar o corpo também contribui para o bem-estar emocional.
A endorfina atua na redução de dores e inflamações, enquanto a serotonina e a dopamina melhoram o humor, regulam o metabolismo e contribuem para uma boa noite de sono. Já a norepinefrina e a adrenalina favorecem a circulação sanguínea, ajudam o coração a trabalhar com mais eficiência e aumentam o estado de alerta e disposição.
Embora as mudanças biológicas sejam inevitáveis, é possível envelhecer com saúde e qualidade de vida. Adotar bons hábitos alimentares, manter uma rotina ativa e cuidar do bem-estar físico e emocional são atitudes que fazem toda a diferença, não apenas após os 40, mas em qualquer fase da vida.
Dormir bem é fundamental para a saúde física e mental. Um sono de qualidade contribui para a recuperação do organismo, regulação hormonal, controle do peso e do estresse, além de garantir energia e disposição no dia seguinte. Também exerce papel importante na cognição e na memória, ajudando a prevenir quadros de demência.
A exposição solar moderada também é essencial para o bom funcionamento do corpo. Entre 10 e 15 minutos de sol direto na pele, sem protetor solar, são suficientes para estimular a produção de vitamina D. Essa substância participa da absorção de cálcio, fortalece os ossos, contribui para a manutenção da massa muscular, melhora a saúde mental e reforça o sistema imunológico, reduzindo o risco de infecções.
Manter níveis adequados de vitaminas e hormônios é possível com hábitos simples, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e contato com a luz solar. Ainda assim, exames periódicos são recomendados para avaliar a necessidade de suplementação ou reposição, medidas que devem ser feitas com orientação médica individualizada.
A saúde mental também merece atenção. O isolamento social, comum com o avanço da idade, pode agravar sintomas de ansiedade e depressão. Manter vínculos com familiares e amigos e cultivar uma vida social ativa ajudam a preservar o bem-estar emocional.
Outro ponto importante é o consumo de álcool. Com o envelhecimento, o fígado perde parte da capacidade de metabolizar toxinas, o que potencializa efeitos indesejados como dor de cabeça, náusea e mal-estar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há dose segura de álcool para o organismo. Por isso, o ideal é evitar o consumo regular da substância.