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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Política

O que esperar da segunda passagem de Lula por Goiânia

Em momento de recuperação de parte da popularidade com estratégia de ataque ao Congresso e reação ao tarifaço de Trump, petista participa do Congresso da UNE

Marina Moreirapor Marina Moreira em 17 de julho de 2025
Lula Ricardo
A primeira vinda foi marcada por confusões e manifestações de bolsonaristas, que chegaram a ser expulsos por seguranças

A Universidade Federal de Goiás (UFG) será sede do 60° Congresso Nacional dos Estudantes (Conune) entre os dias 16 e 20 de julho. O evento contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que virá nesta quinta-feira (17) a Goiânia para participar do evento. A participação do petista está prevista para as 11 horas, no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, da Universidade Federal de Goiás (UFG), na Vila Itatiaia.

É a segunda vez de Lula em solo goiano desde o início do terceiro mandato de presidente. A primeira vinda foi marcada por confusões e manifestações de bolsonaristas, que chegaram a ser expulsos por seguranças. O chefe do Palácio do Planalto esteve na capital goiana para inaugurar o BRT Norte-Sul à convite do então prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), que era candidato à reeleição e não estava na solenidade. Agora, o petista comparecerá ao maior encontro de estudantes do País.

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De acordo com a pesquisa de opinião divulgada pelo instituto Quaest, 58% dos jovens de 16 a 34 anos desaprovam o governo federal. Já a porcentagem dos que aprovam é de 38%. A margem de erro é de 4 pontos neste segmento. Para os entrevistados que possuem ensino superior completo, o índice de aprovação apresentou crescimento de 12 pontos percentuais. De 33% em junho passou para 45%, enquanto a desaprovação caiu de 64% para 53%.

No ensino fundamental e médio

Caiu a desaprovação de Lula com quem estudou até o ensino fundamental completo. Os índices foram de 47% para 42%. Já a aprovação oscilou um ponto, de 50% para 51%. Para os entrevistados com ensino médio completo, a desaprovação é de 62% (antes 61%), enquanto a aprovação oscilou dois pontos para baixo: 35%, sendo que em março era de 37%.

Em maio deste ano, universidades federais de todo o País demonstraram insatisfação com um decreto editado pelo governo que afetou o repasse mensal de verba. A maioria das instituições argumentou que, dessa forma, ficaria impossível pagar contas mensais como água, luz, bolsas estudantis e restaurantes universitários.

Sobre a UNE

A União Nacional dos Estudantes (UNE) é a entidade máxima dos estudantes brasileiros e busca representar cerca de 6 milhões de universitários. Os discentes se organizam em entidades representativas como DAs [diretórios acadêmicos], CAs
[centros acadêmicos], DCEs [diretórios centrais], uniões estaduais de estudantes e executivas nacionais de cursos.

Essas organizações compõem, desde 1970, a UNE. A entidade foi fundada em 1937 e teve como participantes pessoas como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o diplomata e poeta Vinicius de Moraes (1913-1980), o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), o cineasta Cacá Diegues, o religioso Frei Betto e o poeta Ferreira Gullar.

Organização

A UNE organiza-se, basicamente, em três instâncias deliberativas: o Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), que reúne os diretórios acadêmicos (DAs) e centros acadêmicos (CAs) do Brasil; o Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), que agrega os diretórios centrais de estudantes (DCEs) e executivas nacionais de cursos; e o Congresso da UNE (Conune), formado por todas as entidades e por estudantes que queiram participar da organização.

O Conune ocorre a cada dois anos e é a maior instância do movimento estudantil brasileiro. Durante o congresso, elege-se a nova diretoria da UNE e são tomadas decisões sobre os rumos da entidade. O Congresso deste ano, que começou na quarta-feira em Goiânia, vai até o próximo domingo (20), com previsão de reunir 15 mil estudantes com programações e debates sobre o combate ao avanço da extrema-direita e o fim da escala 6 por 1. (Especial para O Hoje)

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