STJD toma decisão sobre pedido de anulação da partida entre Goiás e Athletic
Presidente do Tribunal se pronuncia sobre o caso em que o clube esmeraldino alega erro de direito
O pedido de impugnação feito pelo Goiás em relação à derrota por 2 a 1 para o Athletic pode ganhar um novo capítulo nos próximos dias. O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luís Otávio Veríssimo Teixeira, decidiu não arquivar o processo, o que mantém o caso em análise e abre caminho para que seja julgado.
O clube esmeraldino sustenta que houve erro de direito na condução do protocolo do árbitro de vídeo (VAR) durante o jogo realizado no dia 23 de junho, na Serrinha, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. A principal queixa da diretoria esmeraldina diz respeito à anulação da expulsão do goleiro Adriel, do Athletic, aos 12 minutos do segundo tempo.

O arqueiro havia recebido o segundo cartão amarelo e seria, portanto, expulso de forma automática. No entanto, o árbitro da partida, Alexandre Vargas Tavares de Jesus (RJ), foi chamado ao VAR, comandado por Phillip George Bennett (RJ), e após revisão, decidiu cancelar o segundo amarelo, contrariando as diretrizes do protocolo de vídeo.
Protocolo do VAR
Segundo o regulamento da arbitragem, o VAR só pode intervir em quatro tipos de lances: gols, pênaltis, cartões vermelhos diretos e erros de identificação. Revisões envolvendo cartões amarelos, mesmo que resultem em expulsão por acúmulo, não estão previstas. Assim, na visão do Goiás, houve violação clara do protocolo, o que caracteriza erro de direito.
Com base no artigo 84 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a diretoria alviverde alega que a falha teve impacto direto no resultado da partida. O texto legal prevê que, quando um erro de direito influenciar o placar final, é possível pedir a anulação do jogo.