Goiás registrou o terceiro maior crescimento econômico do País no acumulado de janeiro a maio de 2025, com alta de 6%, segundo o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), do Banco Central. O resultado supera a média nacional de 3,4%. Nos últimos 12 meses, o Estado cresceu 4,4%, também acima da média brasileira (4%).

Segundo o economista Lourenço Ferraz, o desempenho reflete fatores conjunturais positivos. “Tivemos uma safra forte, com alta de quase 20% na soja e expansão geral de 15% na agropecuária. A indústria também teve avanço, puxada pela mineração e alimentos. E o setor de serviços, com alta de quase 4%, mantém trajetória de crescimento desde o ano passado.”

Ele afirma que o cenário favoreceu o mercado de trabalho. “O crescimento resultou em mais empregos, novos negócios, investimentos e maior formalização. Isso fortalece o ciclo de renda, consumo e crédito.”

Ferraz também aponta que a economia aquecida melhora a confiança. “Com mais renda e estabilidade, há menos inadimplência, o que incentiva bancos a liberar crédito, especialmente para MEIs e pequenas empresas.”

Apesar disso, ele alerta para riscos futuros. “Instabilidades internacionais e o clima no Sudeste goiano, onde há forte produção agropecuária, podem impactar. Também há incertezas sobre os juros e o preço das commodities.”

Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, os números refletem a eficácia dos investimentos estratégicos. “Isso se traduz em mais emprego e renda para os goianos.” O IBCR é divulgado mensalmente e mede a evolução da economia regional entre os trimestres do PIB.