Mais velhos deixam de acreditar na esquerda, apontam dados de pesquisa
Diretor responsável pelo levantamento diz acreditar que esse é um sinal para o movimento se reestruturar
A esquerda não possui tanta força quando o assunto é envelhecer sem perder esperança na revolução. De acordo com pesquisa recente da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), a população de 25 a 30 anos se torna mais de centro, cética e desiludida. A análise foi feita com cerca de meio milhão de pessoas que foram avaliadas em um período de 12 meses e que mostra que, de acordo com que os jovens ficam mais velhos, os mesmos tendem a se posicionar, politicamente, mais ao centro ou ficarem mais céticos. Outra informação levantada pela pesquisa foi a identificação de assuntos mais discutidos ao levar em conta a idade de cada perfil nas redes sociais. Entre brasileiros de 16 a 30 anos de idade, a política é mais relevante para os que têm de 25 a 30 anos (24,6%), enquanto os temas “futuro” e “estudos” são mais caros aos adolescentes (32,5%).
Além de questões relacionadas à política, a pesquisa também foi responsável pelo levantamento de análises de humores coletivos, as fases da juventude, os temas centrais discutidos e as diferenças regionais. Para o diretor da fundação, Marcelo Aguiar, o levantamento faz uma “fotografia” do atual cenário do País. Aguiar não considera a redução na quantidade de pessoas que se consideram de esquerda à medida que envelhecem como um fenômeno exclusivamente brasileiro. Para o diretor da fundação, isso é um “reflexo histórico do que passa a humanidade”. (Marina Moreira, especial para O Hoje)
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