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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Investigação

Dono da Ultrafarma e diretor da Fast Shop são presos por suposto envolvimento em esquema de corrupção

Esquema teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021

Maria Eduarda Leãopor Maria Eduarda Leão em 12 de agosto de 2025
sindey oliveira montagem
| Foto: Sidney Oliveira, dono da rede Ultrafarma — Foto: Ultrafarma/Divulgação

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está investigando um suposto esquema de corrupção que, segundo as apurações, teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Entre os alvos, estão o empresário Sidney Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, um diretor da Fast Shop e um auditor fiscal tributário da Secretaria de Estado da Fazenda.

De acordo com o MP-SP, os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos em endereços residenciais e sedes de empresas. Sidney Oliveira foi detido em uma chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Já o auditor fiscal, identificado como Artur Gomes da Silva Neto, é apontado nas investigações como possível operador do esquema. O diretor da Fast Shop, Mario Otávio Gomes, também foi preso.

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Segundo a investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), o esquema consistiria na manipulação de processos administrativos para favorecer empresas na quitação de créditos tributários. Em troca, os envolvidos receberiam pagamentos mensais por meio de empresas de fachada, incluindo uma registrada em nome da mãe do auditor.

Durante as buscas, os agentes apreenderam valores em espécie, pacotes de esmeraldas e moedas estrangeiras. Em um endereço em Alphaville, na Grande São Paulo, foram encontrados dinheiro vivo e pedras preciosas. Já na casa de um auditor em São José dos Campos, a apreensão somou R$ 330 mil, cerca de 10 mil dólares e 600 euros.

O MP-SP afirma que a operação é resultado de meses de investigação, com análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações autorizadas pela Justiça. Os investigados poderão responder, conforme o andamento do processo, por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Até o momento, as defesas não se pronunciaram.

Nota da Secretaria da Fazenda:

“A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) está à disposição das autoridades e colaborará com os desdobramentos da investigação do Ministério Público por meio da sua Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp).

Enquanto integrante do CIRA-SP – Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos – e diversos grupos especiais de apuração, a Sefaz-SP tem atuado em diversas frentes e operações no combate à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos contra a ordem tributária, em conjunto com os órgãos que deflagraram operação na data de hoje.

Além disso, a Sefaz-SP informa que acaba de instaurar processo administrativo para apurar, com rigor, a conduta do servidor envolvido e que solicitou formalmente ao Ministério Público do Estado de São Paulo o compartilhamento de todas as informações pertinentes ao caso.

A administração fazendária reitera seu compromisso com os valores éticos e justiça fiscal, repudiando qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da lei, promovendo uma ampla revisão de processos, protocolos e normatização relacionadas ao tema.”

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