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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Negociações

Hamas aceita proposta de cessar-fogo em Gaza

Hamas aceita proposta de cessar-fogo mediada por Egito e Catar, abrindo caminho para negociações em Gaza

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 18 de agosto de 2025
Hamas aceita proposta de cessar-fogo em Gaza
Trégua prevê suspensão das operações militares por dois meses (Foto: Amnn Saleh/ Unsplash)

O Hamas anunciou nesta segunda-feira (18) que aceitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores do Egito e do Catar. A decisão foi confirmada em uma rede social por Basem Naim, dirigente do grupo, que declarou que o movimento aprovou a nova proposta dos mediadores.

Segundo o G1, com informações de fontes oficiais, o plano prevê a interrupção das ofensivas militares na Faixa de Gaza por 60 dias, período que serviria como base para negociações de um acordo mais amplo de fim da guerra. O desenho do cessar-fogo inclui a libertação de metade dos reféns israelenses mantidos em Gaza em troca da soltura de prisioneiros palestinos.

Ainda de acordo com o G1, uma fonte ligada às tratativas afirmou que a proposta é quase idêntica àquela apresentada anteriormente pelo enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, já aceita por Israel. O gesto abre espaço para uma nova etapa diplomática, em meio à pressão internacional por um desfecho do conflito.

O chanceler egípcio, Badr Abdelatty, declarou que seu país está disposto a integrar uma força internacional em Gaza, desde que haja mandato do Conselho de Segurança da ONU e objetivos políticos definidos. O ministro acrescentou que o Egito também está preparado para contribuir em esforços voltados à criação de um Estado palestino.

Enquanto isso, Israel aprovou um novo plano de ofensiva que prevê o avanço sobre a Cidade de Gaza, a mais populosa do território. A medida, respaldada pelo governo de Benjamin Netanyahu, recebeu ressalvas do chefe do Estado-Maior, general Eyal Zamir, contrário à ocupação total, mas confirmou que seguirá ordens do Executivo.

Após 22 meses de combates, o saldo da guerra é devastador: o ataque do Hamas em outubro de 2023 deixou 1.219 mortos em Israel, enquanto a ofensiva israelense já causou mais de 61,5 mil mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. A ONU considera os números confiáveis e alerta para o risco de fome diante das restrições impostas à entrada de ajuda humanitária.

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