Uma criança de apenas 5 anos, identificada como Moisés, morreu na manhã de segunda-feira (18) em Goiânia, após complicações que podem ter sidos decorrentes de uma queda ocorrida no parquinho de sua escola na quarta-feira, 13 de agosto. 

Segundo a mãe, o garoto chegou em casa mancando e com o joelho machucado. Ela relata que passou um gel no local e pensou se tratar de algo simples, mas na noite do mesmo dia a criança começou a apresentar febre e intenso sofrimento.

“No dia seguinte, levei ele para o Hospital Urias Magalhães. Lá fizeram um raio-x e disseram que não havia fratura, apenas um machucado feio. Passei o dia esperando encaminhamento para o Hospital das Clínicas. Só às quatro da tarde conseguimos ir, e ficamos a noite inteira lá. Novamente, fizeram só mais um exame, não encontraram nada grave e apenas receitaram dipirona e dorflex. Voltei para casa, mas meu filho não parava de sentir dor e febre”, afirmou a mãe.

De acordo com ela, na sexta-feira a situação piorou, e Moisés precisou ser levado novamente ao hospital. “Ele estava sofrendo demais, não tinha condições de esperar mais. Os médicos viram que o estado já era grave e o encaminharam para o Hospital da Criança e do Adolescente. Lá ele foi bem atendido, mas era tarde demais. Uma infecção provocada pela batida no joelho se espalhou pelo sangue e chegou aos pulmões”, disse. Na manhã do domingo, o médico indicou a entubação, mas a criança não resistiu.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia emitiu nota lamentando profundamente o falecimento do estudante e esclareceu que, no dia 13 de agosto, Moisés esteve presente na escola e apresentou comportamento mais quieto. 

“A equipe pedagógica não observou nenhuma queda da criança. Ele se queixou de dores de cabeça e de barriga, não participou da recreação no parquinho e ficou aguardando em sala de aula, acompanhado da professora, até a chegada do responsável, que foi imediatamente acionado. As câmeras de monitoramento registram a criança se locomovendo normalmente durante as atividades e deixando a escola caminhando de forma habitual”, destacou a nota.

A SME ainda explicou que as orientações às unidades escolares incluem chamar a família sempre que a criança apresentar dor ou desconforto sem sinais de gravidade, enquanto em casos que demandem atendimento imediato, o protocolo prevê acionar o serviço de urgência e comunicar a família. 

A secretaria ainda declarou que instaurou procedimento para apurar os fatos e afirma que até o momento não há indícios de negligência por parte da escola.

A reportagem entrou em contato com o Hospital das Clínicas da UFG (HC) onde, segundo a mãe a criança foi atendida, mas até o fechamento dessa reportagem não obtivemos respostas.