Nos dias 4 e 5 de setembro, o Centro Cultural UFG recebe o espetáculo “Essência Negra”, dirigido e protagonizado por Líz Mirandah. A montagem propõe uma imersão artística que atravessa teatro, canto e dança para resgatar a ancestralidade afro-brasileira e confrontar as marcas persistentes do racismo estrutural.

O projeto nasceu da necessidade de dar centralidade ao corpo feminino negro e à sua potência criadora. Inspirado em textos filosóficos, poéticos e reflexivos de mulheres negras, o espetáculo constrói um percurso que é, ao mesmo tempo, celebração e denúncia. “Essência Negra” não busca apenas representar: reivindica presença, inscrevendo no palco experiências que a sociedade insiste em silenciar.

A direção artística é de Ítalo Shure e a produção executiva de Paula Pereira. A trilha percussiva de Lene Black dialoga com a preparação corporal de Camila Serra e o refinamento vocal conduzido por Hudson Ayres. O resultado é um espetáculo que transforma canto, gesto e palavra em afirmação política e poética.

O cenário e a iluminação de Deivid Delux, o figurino de Nyna Koxta e a maquiagem assinada por Jessika Hannder reforçam protagonismo negro. A participação de musicistas como Chris Paiva e Leo Araújo, do violinista Leandro Mourão, e a força do elenco sob a condução de Mirandah consolidam a potência coletiva da montagem.

A iniciativa também se compromete com acessibilidade: todas as apresentações contam com intérprete de Libras do Instituto Arte e Inclusão (INAI). A produção geral é de Alinne Vieira, e o projeto conta com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.

Sinopse

 Um espetáculo que transcende as fronteiras da arte, transformando-se em uma jornada de autoconhecimento. A performance entrelaça teatro, canto e dança, oferecendo uma experiência imersiva que promove o autoconhecimento, resgata a ancestralidade e denuncia o racismo estrutural que permeia a vida cotidiana de pessoas negras.

O projeto destaca-se por sua abordagem única, incorporando textos filosóficos, poéticos e reflexivos escritos por mulheres negras, e colocando o corpo feminino negro em posição de protagonismo. Através da combinação de teatro, dança e canto, o espetáculo cria uma poderosa sinergia que desafia e confronta o racismo estrutural.

Essa imersão artística é tanto uma celebração da herança cultural afro-brasileira quanto um ato de resistência, promovendo uma profunda conexão com a essência ancestral. O espetáculo convida o público a vivenciar uma experiência que vai além da arte convencional, oferecendo momentos ricos em significado que tocam os corações tanto dos espectadores quanto dos envolvidos nos bastidores. É uma fonte de inspiração para uma reflexão mais profunda sobre a complexidade e a beleza de ser um corpo negro em resistência.

SERVIÇO

Quando: 4 e 5 de setembro, às 20h
Onde: Centro Cultural UFG – Setor Universitário, Goiânia
Entrada: gratuita (retirada antecipada em Santa Bilheteria)