O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (25) um decreto que autoriza a criação de unidades especializadas na Guarda Nacional, voltadas para lidar com distúrbios de ordem pública. A medida delega ao secretário de Defesa, Pete Hegseth, a responsabilidade de estruturar os novos grupos, que, segundo o governo, terão treinamento e equipamentos específicos para atuar em situações de crise.

A iniciativa ocorre dias após Hegseth ter permitido que integrantes da Guarda Nacional destacados em Washington, D.C., passassem a portar armas. Segundo a CNN, com informações da Força-Tarefa Conjunta responsável pela missão, os militares armados começaram a circular no domingo (24), em meio ao reforço das operações federais de segurança na capital.

Trump afirmou ainda que pretende enviar a proposta ao Congresso para regulamentação, e declarou acreditar que “os democratas vão votar a favor disso”. O decreto faz parte de um pacote de ordens executivas voltadas para segurança pública. Entre elas, está a suspensão de repasses federais a jurisdições que aboliram a fiança em dinheiro e a transferência de réus criminais de Washington, D.C., para custódia federal, a fim de garantir prisão preventiva.

Outra medida assinada pelo presidente prevê penas mais duras para a queima da bandeira dos Estados Unidos, estabelecendo até um ano de prisão quando houver indícios de associação a atividades criminosas.

Trump também elevou o tom contra administrações locais lideradas por democratas, ameaçando mobilizar a Guarda Nacional em grandes cidades como Chicago, Nova York e Baltimore. Uma fonte do Pentágono confirmou à rede ABC News que existe planejamento em andamento para Chicago, ainda que não tenha havido solicitação formal do governo estadual ou municipal.