O Chile e a Arábia Saudita anunciaram a retomada das importações de carne de frango do Brasil, após meses de restrições impostas devido a um caso de gripe aviária registrado no município de Montenegro (RS). A decisão, comunicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), marca um avanço para o setor avícola nacional, que vinha enfrentando pressões no mercado internacional.

As suspensões foram adotadas em função da detecção do vírus em uma granja comercial no estado gaúcho. Em 18 de junho, o Brasil declarou-se oficialmente livre da doença, após a conclusão do processo de desinfecção da propriedade afetada e o cumprimento do prazo de 28 dias sem novos registros. A validação internacional desse status tem sido determinante para a reabertura de mercados.

Além de Chile e Arábia Saudita, outros países, como Namíbia e Macedônia do Norte, também retiraram as barreiras e voltaram a comprar o produto brasileiro. Com isso, já são 41 nações que normalizaram o comércio de carne de frango com o Brasil desde a suspensão do embargo.

No entanto, alguns mercados estratégicos permanecem resistentes. Canadá, China, Malásia, Paquistão, Timor-Leste e a União Europeia mantêm restrições às importações de aves brasileiras. Esses destinos representam peso relevante no cenário internacional e ainda exigem negociações técnicas e diplomáticas para que os embarques sejam retomados.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e depende do acesso pleno a esses mercados para sustentar sua posição no comércio global. A reabertura parcial sinaliza confiança na segurança sanitária brasileira, mas também evidencia os desafios que o País ainda precisa superar para recuperar totalmente o fluxo de vendas internacionais.