O setor de serviços não financeiros em Goiás registrou em 2023 o maior número de empresas de toda a série histórica da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, o Estado contabilizou 59.985 empresas ativas, um crescimento de 4,4% em relação a 2022, quando havia 57.463. No Brasil, a alta foi de 5,5%, somando 1,73 milhão de empresas. Desde 2007, quando Goiás tinha 17,6 mil companhias, o salto é expressivo e reflete a expansão do setor no Estado.

A pesquisa aponta que os maiores responsáveis por esse avanço foram os serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceram 10,6% e passaram a reunir 25,6 mil empresas. Também se destacaram as “outras atividades de serviços”, com alta de 19,4%, e os serviços de informação e comunicação, que avançaram 17,6%. Já os serviços pessoais tiveram um salto de 39,2%, com mais de 2,1 mil empresas.

Por outro lado, áreas tradicionais como transportes, atividades imobiliárias e serviços de alojamento e alimentação registraram retração no número de estabelecimentos. Apesar disso, o saldo geral manteve Goiás em trajetória de crescimento, consolidando o Estado como o oitavo do País em número de empresas de serviços e o maior do Centro-Oeste.

O levantamento mostra ainda que, embora o número de trabalhadores tenha caído 3,3% em 2023, a remuneração média cresceu, chegando a R$ 2.293 mensais. A receita bruta do setor no Estado alcançou R$ 74,9 bilhões no ano.

Especialistas avaliam que a expansão dos serviços em Goiás reflete tanto a diversificação econômica do Estado quanto o movimento de formalização de pequenas empresas e profissionais autônomos. Além disso, o avanço da digitalização e da demanda por soluções tecnológicas fortaleceu segmentos de informação e comunicação, enquanto atividades ligadas à educação e ao consumo direto das famílias também impulsionaram o resultado.