Julgamento de Bolsonaro é destaque até em revista britânica
“The Economist” diz que o Brasil fortalece a democracia enquanto dá lição nos EUA
A revista britânica The Economist afirmou que o Brasil “oferece aos Estados Unidos uma lição de maturidade democrática”. O texto destaca o julgamento, marcado para 2 de setembro no Supremo Tribunal Federal (STF), como algo capaz de recuperar a democracia, depois do que nomeou como febre populista. A revista também menciona outras nações que enfrentam crises institucionais, como Polônia, Israel e o próprio Reino Unido, e aponta o Brasil como um exemplo de resistência democrática.
Em reportagem publicada nesta quinta-feira (28), o texto compara o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao contexto político dos EUA sob a liderança de Donald Trump (Partido Republicano) e afirma que, enquanto os norte-americanos se tornam “mais corruptos, protecionistas e autoritários”, o Brasil “está determinado a salvaguardar e fortalecer sua democracia”.
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Do ponto de vista internacional, as atitudes de Trump são enxergadas e citadas como fator de instabilidade. A revista cita o tarifaço de 50% imposto pelo republicano sobre produtos brasileiros e o episódio em que ele acusou o STF de conduzir uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, que lidera investigações contra o ex-presidente, chegou a ser alvo de sanções econômicas do governo norte-americano, medida que é aplicada a ditadores e violadores de direitos humanos.
A publicação ainda diz que o Brasil enfrenta grandes desafios, que incluem divisões internas, resistência de grupos privilegiados a reformas econômicas e instabilidade política. No entanto, destaca que boa parte da classe política está disposta a seguir as regras democráticas. (Especial para O HOJE)