Nova rota marítima liga Amapá à China e reduz custos de exportação brasileira
Primeiro navio parte neste sábado (30) do porto de Santana para Zhuhai, encurtando tempo e barateando transporte de produtos da Amazônia e do Centro-Oeste
A partir deste sábado (30), entra em operação uma nova rota marítima entre Brasil e China. O trajeto vai ligar o porto de Santana, no Amapá, ao porto de Zhuhai, na China. A informação foi confirmada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. A novidade promete reduzir tanto os custos quanto o tempo de transporte dos produtos brasileiros até o mercado chinês.
“Tenho uma boa notícia: no sábado, agora, chega o primeiro navio dessa rota Zhuhai-Santana, no Amapá. Agora o Arco Norte tem mais essa alternativa de rota marítima”, afirmou o ministro nesta quinta-feira (28).
Segundo Góes, a nova rota foi planejada em parceria pelos governos do Brasil e da China, com foco no escoamento de bioprodutos da Amazônia e do Centro-Oeste.
“As vantagens são gigantes. Na comparação com o porto de Santos, a saída de produtos do Centro-Oeste por Santana ou pelo Arco Norte para a Europa diminui, por exemplo, o custo da soja em US$ 14 por tonelada. Se for para a China, a economia é de US$ 7,8 por tonelada. Isso, sem falar do tempo de viagem, que diminui”, destacou.
O ministro também apontou benefícios logísticos e econômicos para os produtores da região. “A vantagem agregará muito no trabalho, no lucro e na recompensa do produtor. Seja ele da Amazônia ou do Centro-Oeste brasileiro”, disse. “Daí para frente, vai da nossa capacidade. Da capacidade da Região Amazônica de articular produtos de interesse da China”, completou.
Góes ainda ressaltou que a cooperação com a China tem avançado, principalmente na área da bioeconomia. Com um mercado de 1,4 bilhão de pessoas, o país asiático segue como um dos principais parceiros comerciais do Brasil.
“Para você ter uma ideia, o café, que já entra muito forte na China, tem um consumo per capita de um café por mês. Imagina se dobrarmos isso, e passar a ser de dois cafés por mês. Isso vale para o café, para a soja e para o agro de modo geral. Eles têm muito interesse por mel, açaí, chocolate, cacau”, finalizou.