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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Economia

Combustíveis e supermercados ampliam retração e levam varejo goiano à quarta queda seguida

Setor recua 0,8% em julho e 1,3% frente a 2024, enquanto móveis e eletrodomésticos mantêm crescimento expressivo

Letícia Leitepor Letícia Leite em 12 de setembro de 2025
4 fecha Reproducao
Foto: Reprodução

O comércio varejista goiano encerrou julho com mais um resultado negativo. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas caiu 0,8% na comparação com junho, já considerando os ajustes sazonais. É a quarta retração consecutiva do setor. Frente a julho de 2024, a queda foi ainda maior, de 1,3%. Apesar do desempenho fraco no curto prazo, o acumulado em 12 meses ainda se mantém positivo em 2,2%.

No cenário nacional, o resultado também foi negativo em julho, com retração de 0,3% sobre o mês anterior. Porém, em relação ao mesmo período de 2024, o varejo brasileiro cresceu 1%, acumulando alta de 1,7% no ano. Goiás, por outro lado, mostra sinais mais preocupantes, com desaceleração puxada principalmente por dois setores estratégicos.

O grupo de combustíveis e lubrificantes foi o maior responsável pelo recuo, com retração de 10,4% frente a julho do ano passado, em sua 11ª queda seguida desde setembro de 2024. Já o setor de hipermercados e supermercados, que tem o maior peso no comércio goiano, registrou baixa de 2,9%, o terceiro recuo desde fevereiro de 2023.

Entre os destaques positivos, móveis e eletrodomésticos cresceram 15% em julho, mantendo uma trajetória de dez meses seguidos de expansão. O segmento acumula alta de 15,5% no ano e de 11,1% em 12 meses, tornando-se um dos principais contrapontos à retração geral.

No comércio ampliado, que inclui veículos, motos e material de construção, o cenário é ainda mais desafiador. As vendas de veículos e peças caíram 14,5% em relação a julho de 2024, acumulando queda de 14,1% no ano e de 5,3% em 12 meses. Já o setor de material de construção registrou leve alta de 2,6% no mês.

No total, Goiás esteve entre as 16 unidades da federação que tiveram retração em julho. Enquanto estados como Amapá (3,9%) e Distrito Federal (0,9%) registraram crescimento, o mercado goiano segue pressionado por segmentos essenciais, que vêm impactando diretamente o consumo das famílias e o desempenho do comércio.

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