O setor supermercadista de Goiás vem consolidando sua posição como um dos pilares da economia estadual. Em 2024, a atividade respondeu por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) goiano, movimentando mais de R$ 50 bilhões e alcançando presença em todos os 246 municípios. Esse desempenho coloca o segmento entre os mais relevantes do País, tanto pela sua capacidade de geração de riqueza quanto pelo impacto direto na vida dos consumidores.

Atualmente, Goiás conta com cerca de 13,3 mil supermercados, responsáveis por empregar formalmente 59,3 mil pessoas e criar milhares de postos de trabalho indiretos em toda a cadeia produtiva, que envolve fornecedores, transportadoras, indústrias e produtores rurais. 

Além da dimensão econômica, a presença social também é marcante: diariamente, cerca de 1,2 milhão de clientes passam pelos supermercados goianos. “Esse volume de pessoas circulando só é superado pelas escolas, o que reforça a dimensão social e econômica do setor na vida cotidiana dos goianos”, pontua o superintendente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Augusto Almeida.

O dinamismo também se reflete no crescimento do número de empreendimentos. Segundo o Observatório Econômico da Agos, apenas entre janeiro e julho deste ano, o número de novas empresas abertas no segmento cresceu 7,9%. Para o economista Marco Aurélio Barbosa, CEO do Observatório, esse avanço é reflexo do dinamismo do setor e da sua capacidade de se reinventar em diferentes cenários. “Esse crescimento reforça o potencial empreendedor e a relevância econômica do setor, que se renova constantemente e cria oportunidades em todas as regiões de Goiás”, analisa.

Além de seu peso econômico, os supermercados enfrentam desafios que refletem tendências nacionais. A modernização tecnológica, a necessidade de qualificação de mão de obra e a busca por práticas mais sustentáveis têm pautado estratégias de crescimento. Ao mesmo tempo, o setor se depara com gargalos relacionados à retenção de talentos e à gestão eficiente em um mercado cada vez mais competitivo.

Feira setorial amplia debates e oportunidades

Dentro desse cenário, encontros que reúnem empresários, fornecedores e especialistas se tornam espaços estratégicos para troca de experiências e busca de soluções. Em Goiás, esse papel é desempenhado pela SuperAgos, feira do varejo alimentar do Centro-Oeste e uma das principais do País. A edição de 2025 acompanha o tema “Mais do que negócios: inovação, liderança e sustentabilidade”.

A expectativa da Associação Goiana de Supermercados é de que o volume de negócios movimentado no evento cresça até 15% em relação à edição anterior, quando foram registrados R$ 250 milhões em transações ao longo dos três dias. Mas o impacto da feira vai além dos números.

Segundo o presidente da Agos, Sirlei Antônio do Couto, a edição de 2025 aposta na inovação e no fortalecimento da liderança como pilares estratégicos. “Mais do que gerar negócios, queremos fortalecer a liderança e a capacitação, porque acreditamos que são pessoas preparadas que garantem a inovação e a sustentabilidade das nossas empresas. É esse compromisso que faz da feira um espaço de transformação para o setor”, destaca.

Impacto regional e nacional

O peso do setor supermercadista goiano ultrapassa fronteiras. Com capilaridade em todos os municípios do Estado, geração de empregos e movimentação bilionária, Goiás se consolida como um polo estratégico para o varejo alimentar no Brasil. A realização da SuperAgos reforça essa posição, colocando Goiânia no mapa nacional como sede de um dos eventos mais relevantes para o segmento.

Mais do que um encontro de negócios, a feira se estabelece como um espaço de transformação, onde inovação, liderança e sustentabilidade caminham juntas para moldar o futuro do setor supermercadista. Um futuro que, ao que tudo indica, continuará impactando de forma decisiva não apenas a economia goiana, mas também a rotina de milhões de consumidores em todo o País.