O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
INVESTIMENTOS

Mercado imobiliário cresce, mas mitos ainda confundem investidores

Especialista aponta mitos e verdades sobre financiamento, valorização e aluguel em um setor que segue como um dos mais seguros do país

Luana Avelarpor Luana Avelar em 24 de setembro de 2025
corretora de imoveis cumprimentando casal para um novo contrato
Foto: FreePik

O mercado imobiliário brasileiro consolidou-se como um dos ramos mais tradicionais e seguros de investimento no país. A expansão dos últimos anos, no entanto, veio acompanhada de crenças populares que nem sempre correspondem à realidade. Questões ligadas ao financiamento, valorização e comparação com outras modalidades de aplicação financeira ainda geram dúvidas para quem pensa em comprar ou investir.

Para o especialista Thiago Cardoso, é preciso separar mito de verdade antes de tomar qualquer decisão. Um dos pontos mais citados é o valor da entrada no financiamento. “É preciso dar 30% de entrada para financiar um imóvel?”, provoca. A resposta, segundo ele, é parcialmente verdadeira. Embora esse percentual seja comum, não é regra fixa: a entrada costuma variar de 25% a 35%, dependendo da renda, idade e valor do imóvel. Há ainda a exigência de que a soma da idade do comprador com o prazo do financiamento não ultrapasse 75 a 80 anos.

Outro ponto recorrente diz respeito à valorização. “O imóvel sempre valoriza com o tempo” é um enunciado considerado verdadeiro. O setor opera em ciclos de cinco a 15 anos, com variações de acordo com região e tipo de bem. Mesmo que aplicações financeiras possam ter retorno mais alto no curto prazo, o imóvel mantém a posição de ativo sólido pela segurança patrimonial.

No entanto, nem todas as máximas se confirmam. A frase “alugar é jogar dinheiro fora”, por exemplo, é classificada como verdade por Cardoso. Ele argumenta que o aluguel só se justifica em períodos transitórios ou por estratégias específicas, já que o pagamento não gera patrimônio. Já a ideia de que imóveis pequenos não são bons investimentos é considerada mito: em grandes centros urbanos, apartamentos compactos têm liquidez elevada, com procura de jovens e investidores.

Outro equívoco está no imóvel comprado na planta. A percepção de que sempre custa menos é relativa. O especialista aponta que, embora ofereça facilidades de pagamento e chance de valorização, a compra deve considerar localização e demanda. Em certas situações, imóveis usados podem gerar lucros superiores após reforma e revenda.

A comparação entre imóvel e mercado financeiro também exige cautela. “Comprar imóvel é sempre melhor do que investir no mercado financeiro” é um mito, diz Cardoso. “Não existe investimento melhor ou pior, mas o mais adequado ao perfil de cada pessoa. O ideal é diversificar, equilibrando os dois”, afirma.

No fim, a compra de um imóvel segue como alternativa segura para quem busca estabilidade patrimonial. Mas a decisão não pode ser automática: depende do perfil do investidor, de seus objetivos e de análise criteriosa. Informação, nesse caso, é o que transforma um bem de tijolo e concreto em ativo vantajoso.

Siga o Canal do Jornal O Hoje e receba as principais notícias do dia direto no seu WhatsApp! Canal do Jornal O Hoje.
Tags:
Veja também