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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Medicamento clandestino

Operação em Goiás fecha fábrica de ‘cura falsa’ para picadas de animais peçonhentos

O produto veterinário era vendido para humanos sem qualquer comprovação de eficácia

Vitor Vidalpor Vitor Vidal em 26 de setembro de 2025
Operação em Goiás fecha fábrica de ‘cura falsa’ para picadas de animais peçonhentos Foto: Divulgação/PCGO
Operação em Goiás fecha fábrica de ‘cura falsa’ para picadas de animais peçonhentos Foto: Divulgação/PCGO

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) desativou, na manhã de quinta-feira (25), uma fábrica clandestina em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, que produzia e comercializava um suposto antídoto para picadas de animais peçonhentos. O medicamento, chamado “Específico Pessoa”, é de uso exclusivamente veterinário, mas estava sendo vendido para consumo humano sem qualquer autorização da Anvisa ou comprovação científica de eficácia.

Como funcionava o esquema

Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), o local funcionava em um galpão adaptado para produção.

  • Mais de 2 mil frascos do produto foram apreendidos.

  • Cada unidade era vendida por cerca de R$ 50, o que representa um valor de estoque que ultrapassa R$ 100 mil.

  • O rótulo prometia “ação contra venenos de cobras, aranhas e escorpiões”, induzindo os clientes a acreditarem em um efeito “milagroso”.

O proprietário, que não teve o nome divulgado, foi conduzido para a delegacia e deverá responder por crime contra as relações de consumo e falsificação de medicamento.

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Riscos à saúde

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Específico Pessoa é um medicamento registrado apenas para uso veterinário, destinado ao tratamento de intoxicações em animais. Não existem estudos ou certificações que comprovem qualquer benefício em seres humanos o que torna o uso potencialmente perigoso, já que a ingestão pode provocar reações adversas graves.

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