O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sábado, 6 de dezembro de 2025
juros

Juros bancários sobem e cartão de crédito chega a 451,5% ao ano

Taxas médias avançam para famílias e empresas em agosto, o que acompanha a manutenção da Selic em 15% ao ano

Anna Salgadopor Anna Salgado em 1 de outubro de 2025
Taxas médias avançam para famílias e empresas em agosto, o que acompanha a manutenção da Selic em 15% ao ano
Foto: José Cruz/ABr

As taxas médias de juros cobradas por bancos subiram em agosto para famílias e empresas, segundo dados do Banco Central (BC). No crédito livre, que não tem regras específicas do governo, a alta foi mais expressiva no cartão de crédito rotativo, cuja taxa avançou 5,3 pontos percentuais e chegou a 451,5% ao ano. A modalidade continua entre as mais caras do mercado, mesmo após a limitação do rotativo em vigor desde janeiro de 2024.

Nos últimos 12 meses, os juros do rotativo cresceram 24,6 pontos porcentuais. O crédito é usado quando o cliente paga menos que o total da fatura, o que transforma o saldo em empréstimo. Após 30 dias, o valor é transferido para o parcelado, onde a taxa recuou em agosto, mas ainda está em 180,7% ao ano. No geral, a taxa média de juros das famílias no crédito livre ficou em 58,4% ao ano, com alta de 6,6 pontos em 12 meses.

Para empresas, os juros médios chegaram a 25,2%, influenciados pelo aumento de 9,6 pontos porcentuais no capital de giro de até um ano, que alcançou 38% ao ano. No crédito direcionado, com recursos voltados à habitação, agro e infraestrutura, a taxa foi de 11,1% para pessoas físicas e 13,6% para jurídicas.

Na soma do crédito livre ao direcionado, a taxa média de agosto atingiu 31,8% ao ano. A elevação acompanha a Selic, mantida em 15% ao ano pelo Copom, como forma de conter a inflação. O spread bancário também subiu 2,2 pontos percentuais em 12 meses.

O saldo total de crédito no País chegou a R$ 6,757 trilhões em agosto, com crescimento de 0,5% em relação a julho. A inadimplência foi de 3,9%, sendo 4,8% entre pessoas físicas e 2,6% em empresas. O endividamento das famílias alcançou 48,6% da renda, enquanto o comprometimento ficou em 27,9%.

Siga o Canal do Jornal O Hoje e receba as principais notícias do dia direto no seu WhatsApp! Canal do Jornal O Hoje.
Tags:
Veja também