Amapá registra aumento de 161% em queimadas em apenas uma semana
Macapá entra na lista de áreas críticas; apesar do pico, estado tem queda acumulada de 52% em 2025
O estado do Amapá registrou um salto de 161% no número de focos de incêndio florestal em apenas uma semana, segundo dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Entre os dias 22 e 28 de setembro, foram mapeados focos bem acima do observado na semana anterior, de 15 a 21. O avanço levou o estado a ser colocado em alerta amarelo.
O aumento recente tem como pano de fundo a estiagem prolongada, que deixou a vegetação mais vulnerável às chamas. A capital, Macapá, passou a integrar a lista de áreas críticas, ao lado de municípios historicamente afetados como Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene.
O combate aos incêndios envolve atuação conjunta. O Corpo de Bombeiros concentra esforços no perímetro urbano e nas rodovias, enquanto o Prevfogo, braço do Ibama, atua em áreas de floresta e na zona rural. No interior, as operações alcançam cidades como Serra do Navio e Mazagão, também em alerta.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) reforçou a preocupação ao emitir aviso para risco de queimadas em várias regiões do país, agravado pela baixa umidade e pelo acúmulo de material seco.
Apesar da explosão de casos no fim de setembro, o balanço geral do ano no Amapá é menos severo: houve queda de 52% nos focos de incêndio em 2025 em relação a 2024. A redução é atribuída à Operação Amapá Verde, que ampliou de 8 para 13 bases fixas de combate, adicionando unidades em municípios estratégicos como Vitória do Jari, Serra do Navio, Porto Grande, Oiapoque e Calçoene. O efetivo também cresceu, passando de 40 para cerca de 70 militares.
Até agora, a força-tarefa realizou mais de 70 ações diretas de combate ao fogo, com destaque para Tartarugalzinho, município mais atingido pelas queimadas.