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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
MERCADO

Grandes empresas dobram investimentos em Goiás e impulsionam ambiente de negócios

Em setembro, capital social de novas empresas com mais de R$ 500 mil subiu de R$ 357,7 milhões para R$ 701,2 milhões

Micael Silvapor Micael Silva em 7 de outubro de 2025
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O tempo médio para abrir uma empresa no Estado ficou em 13 horas, contra 22 horas da média nacional Foto: Edinan Ferreira

As empresas com capital social superior a R$ 500 mil, abertas em Goiás no mês de setembro de 2025, investiram o dobro do que foi injetado no Estado por empresas do mesmo porte no mês anterior.

Dados da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) apontam que, em agosto, o capital social desses empreendimentos foi de R$ 357,7 milhões, enquanto em setembro somou R$ 701,2 milhões. Considerando todas as empresas abertas no período, o salto foi de R$ 564 milhões para R$ 913 milhões. No acumulado do ano, o capital social total já ultrapassa R$ 8,7 bilhões.

O presidente da Juceg, Euclides Barbo Siqueira, avalia que o resultado reforça a confiança dos investidores e demonstra a consolidação de Goiás como um ambiente favorável aos negócios.

“Tivemos um mês muito positivo. O crescimento do número de empresas com capital social acima de R$ 500 mil é uma excelente notícia, porque quando uma grande empresa se instala, outras menores surgem ao redor para atendê-la. É um ciclo virtuoso: uma fabrica o carro, outra fornece o pneu, outra o painel, outra os vidros. Todo esse movimento impulsiona a economia e gera mais empregos”, destacou.

Segundo ele, o desempenho está diretamente ligado à política de incentivo ao empreendedorismo adotada pelo governo estadual, que combina desburocratização, investimento em tecnologia e apoio aos pequenos negócios.

“O Governo de Goiás foi pioneiro ao criar a Secretaria da Retomada, ainda no pós-pandemia, voltada justamente para apoiar e atrair novos negócios. Essa estrutura foi fundamental para fortalecer o ecossistema empreendedor e manter empresas abertas e competitivas”, afirmou.

Tempo médio para aberturas de empresas 

Além do volume recorde de capital investido, Goiás também se destaca pela rapidez no registro empresarial. O tempo médio para abrir uma empresa no Estado ficou em 13 horas, contra 22 horas da média nacional, segundo dados da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).

“Antes, abrir uma empresa em Goiás podia levar até três meses. Hoje, esse prazo caiu para 13 horas, e em alguns casos é ainda menor. Se o empresário optar pelo contrato social padrão, por exemplo, consegue abrir uma empresa em apenas 40 segundos”, ressaltou Siqueira.

A redução do tempo é resultado da digitalização total da Juceg e do uso crescente de inteligência artificial para agilizar análises e validações. “Desde 2019, a Juceg é 100% digital. Neste ano, começamos a usar inteligência artificial para auxiliar na análise de processos. Nosso objetivo é continuar reduzindo o tempo de abertura e garantir segurança jurídica e empresarial. A Junta Comercial deixou de ser um obstáculo e passou a ser uma ponte entre o sonho do empreendedor e a realização do negócio”, explicou o presidente.

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Capital social de novas empresas com mais de R$ 500 mil
Foto: SIC

Em setembro, o município de Pontalina apareceu entre os destaques do ranking estadual, ocupando o 5º lugar entre as cidades que mais abriram novas empresas, com 96 CNPJs registrados, atrás apenas de Goiânia (1.353), Anápolis (238), Aparecida de Goiânia (222) e Rio Verde (150).

As atividades mais registradas no mês foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo, preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo, treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial, promoção de vendas e consultoria em gestão empresarial.

No panorama geral, Goiânia concentra 30,77% de todas as empresas ativas do Estado, com 385.356 registros, seguida por Aparecida de Goiânia (98.615), Anápolis (74.277), Rio Verde (41.514) e Valparaíso de Goiás (28.010).

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Por fim, Siqueira ressalta que o trabalho da Juceg vai além da formalização dos negócios, buscando oferecer apoio e capacitação contínua aos empreendedores.

“Estamos em parceria com o Sebrae e oferecemos mais de 200 cursos para quem quer abrir ou manter a empresa ativa. A ideia é preparar o goiano para empreender com agilidade, segurança e sustentabilidade. Goiás mostra que tem um ambiente fértil para quem quer empreender”, concluiu o presidente. 

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