Artistas se mobilizam para pedir indicação de mulher ao STF
Celebridades usam as redes sociais para cobrar representatividade feminina na vaga aberta com a saída do ministro Luís Roberto Barroso do STF
A mobilização de artistas e influenciadoras brasileiras ganhou força nas redes sociais nos últimos dias. O movimento pede que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indique uma mulher para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a saída do ministro Luís Roberto Barroso.
Entre os nomes que aderiram à campanha estão Anitta, Juliette, Fernanda Torres, Bruna Griphao e Deolane Bezerra. Todas publicaram mensagens pedindo mais representatividade feminina na mais alta corte do país.
Mobilização para vaga no STF
A cantora Anitta foi uma das primeiras a se manifestar. Ela compartilhou um abaixo-assinado digital em defesa da nomeação de uma mulher ao lado da ministra Cármen Lúcia, única mulher atualmente no Supremo. “Caro presidente, pense bem, o Brasil merece. Escolha uma mulher para o STF!”, publicou a atriz Fernanda Torres em suas redes sociais.
A atriz Bruna Griphao também gravou um vídeo destacando a importância da presença feminina nos espaços de decisão. “É claro que quem ocupar esse cargo tem que ser uma pessoa competente, sendo homem ou mulher. Mas em um país onde somos maioria, vocês não acham minimamente justo a gente ter mulheres nos cargos de poder, lutando pelas nossas leis, pelos nossos direitos?”, afirmou.
Na mesma linha, a ex-BBB e cantora Juliette Freire destacou o desequilíbrio histórico na composição do tribunal. “Somos a maioria no Brasil e merecemos voz. Abriu uma vaga no STF e, em 134 anos, só três mulheres passaram por lá. Hoje são 10 homens e 1 mulher. Acho bem justo ser uma de nós!”, escreveu em publicação.

A campanha, que começou de forma espontânea nas redes sociais, tem sido impulsionada por diferentes perfis e por figuras públicas que associam a nomeação de uma mulher ao fortalecimento da representatividade feminina nas instituições.
Atualmente, o STF é composto por 11 ministros, sendo apenas uma mulher — a ministra Cármen Lúcia, que assumiu o cargo em 2006. Antes dela, passaram pela Corte Ellen Gracie e Rosa Weber, ambas já aposentadas.
Saída de Barroso do STF
A saída de Barroso, que deve ocorrer ainda neste mês, abre espaço para que o governo Lula faça mais uma indicação ao Supremo. O nome escolhido precisa ser aprovado pelo Senado Federal, em sabatina conduzida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Com o aumento da mobilização digital, a discussão sobre equilíbrio de gênero nas instituições públicas voltou ao centro do debate político e social, ampliando a pressão sobre o Palácio do Planalto para que a próxima vaga seja ocupada por uma mulher.