Bolsa bate recorde histórico e dólar recua após encontro entre Lula e Trump
Bolsa e dólar reagem com otimismo à aproximação entre Brasil e Estados Unidos
O mercado financeiro brasileiro viveu um dia de forte otimismo nesta segunda-feira (27), impulsionado pelo encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, na Malásia. O diálogo entre os dois líderes foi classificado por ambos como “muito bom” e reacendeu expectativas de uma reaproximação comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Recorde histórico da Bolsa
O Ibovespa, principal índice da B3, avançou 0,55% e encerrou o dia aos 146.969 pontos, renovando o recorde histórico e revertendo as perdas acumuladas em outubro. Durante a manhã, o indicador chegou à máxima de 147.977 pontos, maior valor intradiário já registrado.
No câmbio, o dólar comercial caiu 0,42%, cotado a R$ 5,37, o menor valor desde 8 de outubro. A moeda americana vem acumulando queda de mais de 13% em 2025, refletindo maior entrada de capital estrangeiro e confiança na estabilidade econômica brasileira.
Analistas apontam que o tom conciliador de Lula e Trump, aliado à expectativa de trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China, trouxe alívio aos investidores. Trump deve se reunir ainda nesta semana com o presidente chinês, Xi Jinping, para discutir um acordo que possa impulsionar o comércio global e elevar o preço das commodities, movimento que beneficia economias emergentes como o Brasil.
No cenário doméstico, o boletim Focus do Banco Central reduziu a projeção da inflação para 2025 de 4,70% para 4,56%, enquanto a prévia do IPCA indicou desaceleração dos preços em outubro. A perspectiva de inflação controlada reforça a tendência de estabilidade econômica e sustenta o otimismo na bolsa.
Com o ambiente externo mais favorável e sinais de trégua nas tensões comerciais, investidores voltam a mirar o Brasil. O recorde do Ibovespa e a queda do dólar refletem um dia de confiança renovada, resultado de um raro alinhamento entre Brasília e Washington.