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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
DÉBITO, CRÉDITO OU VOUCHER?

Função “voucher” estreia nas maquininhas e promete deixar o uso dos vales mais transparente

Nova função passa a aparecer nas maquininhas de todo o país e deve padronizar o uso de vales-refeição, alimentação e cultura

Bia Salespor Bia Sales em 4 de novembro de 2025
Voucher
Com a nova função, o sistema fica padronizado: todos os cartões de benefício (alimentação, refeição ou cultura) passam a usar o mesmo caminho. (Imagem: Reprodução)

As maquininhas de cartão em todo o país já contam com uma novidade que promete mudar o jeito como milhões de brasileiros usam seus vales-refeição, vale-alimentação e vale-cultura. É a nova função “voucher”, que agora vai aparecer ao lado das opções “crédito” e “débito” na hora de pagar.

A ideia é simples: deixar as transações com benefícios mais claras, mais seguras e mais justas — tanto para quem recebe, quanto para quem paga ou aceita esses cartões. A mudança foi coordenada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), com apoio do Governo Federal, e faz parte de um plano para modernizar o sistema de vales no Brasil.

Na prática, o que muda

Até então, cada cartão de vale tinha suas próprias regras. Alguns só funcionavam em determinados estabelecimentos, outros não eram aceitos em certas maquininhas. Com a nova função, o sistema fica padronizado: todos os cartões de benefício (alimentação, refeição ou cultura) passam a usar o mesmo caminho tecnológico — a função “voucher”.

Isso quer dizer que, na hora de passar o cartão, o funcionário do caixa verá as opções “crédito, débito ou voucher”. Se for um cartão de benefício, é só escolher “voucher”. O sistema automaticamente identifica o tipo de gasto e garante que o pagamento será feito em um estabelecimento autorizado, dentro das regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

Além de dar mais transparência, essa padronização evita o uso indevido dos benefícios — por exemplo, gastar o vale-refeição em um lugar que não vende alimentos.

Mais concorrência e menos taxas

Para as empresas e para o comércio, a novidade também vem com boas notícias. A expectativa é que, com o sistema unificado, a concorrência entre operadoras de cartões aumente — o que pode resultar em taxas menores para lojistas e empregadores.

Antes, cada empresa que oferecia o benefício trabalhava em um “arranjo fechado”, ou seja, só aceitava seu próprio cartão em seus próprios credenciados. Agora, com o sistema aberto, qualquer maquininha atualizada pode aceitar cartões de vale, sem precisar trocar equipamento ou assinar novos contratos.

Essas atualizações começaram ainda em abril, e a maioria das maquininhas do mercado já deve estar pronta para operar com a função “voucher” a partir de agora.

Mais segurança e controle para o trabalhador

Para quem recebe o benefício, a mudança significa mais segurança e previsibilidade. Com a função “voucher”, fica mais fácil saber que o saldo do vale está sendo usado corretamente e em locais realmente voltados à alimentação ou cultura.

Outro ponto importante é a rastreamento das transações. Com o novo sistema, empresas e órgãos públicos conseguem acompanhar melhor como os recursos estão sendo aplicados, o que ajuda a evitar fraudes e garante que o dinheiro destinado à alimentação dos trabalhadores cumpra seu papel social.

E o que o comércio precisa fazer

A boa notícia é que a adaptação é simples. A maioria das maquininhas não precisa ser trocada — basta atualizar o software ou entrar em contato com a credenciadora (como Cielo, Rede, Stone, PagSeguro ou Getnet) para habilitar a função “voucher”.

Supermercados, mercearias, padarias e restaurantes de bairro devem ficar atentos: como essa função tende a se tornar o novo padrão de pagamento de vales, quem ainda não se adequar pode perder vendas.

Um passo a mais na modernização do sistema

A função “voucher” é parte de um movimento maior de modernização dos benefícios no país. Desde 2022, o governo tem buscado aumentar a portabilidade dos saldos — permitindo que o trabalhador possa escolher a bandeira do cartão — e incentivar a concorrência entre operadoras.

Segundo a Abecs, o novo formato também vai ajudar o governo a fiscalizar o cumprimento das regras do PAT, que hoje beneficia cerca de 24 milhões de trabalhadores formais e movimenta mais de R$ 150 bilhões por ano.

Leia mais: Juros bancários sobem e cartão de crédito chega a 451,5% ao ano

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