Operação Inimigo do Estado mira facção goiana que lavou mais de R$ 630 milhões
Ação da Polícia Civil de Goiás cumpre 61 mandados em sete estados para desarticular esquema de lavagem de dinheiro e organização criminosa com ramificações nacionais e internacionais.
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou nesta terça-feira (4) a Operação Inimigo do Estado, uma das maiores ações contra o crime organizado no estado. O objetivo é cumprir 61 mandados de busca e apreensão em sete estados brasileiros: Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Maranhão, Paraíba, Amazonas e Tocantins.
A ação, que conta com o apoio operacional das Polícias Civis locais, busca desarticular um esquema de lavagem de dinheiro e movimentações fraudulentas ligadas a uma facção criminosa de origem goiana. De acordo com as investigações, os suspeitos movimentaram mais de R$ 630 milhões por meio de contas bancárias de laranjas e empresas de fachada, com o intuito de ocultar o dinheiro obtido de atividades ilícitas, como tráfico de drogas, extorsões e outros crimes.
A operação descobriu que a rede criminosa usava laranjas e empresas fantasmas para lavar dinheiro do tráfico
Com base nas apurações, a facção investigada mantém conexões com outras organizações criminosas que atuam em diferentes estados e até no exterior, demonstrando uma estrutura complexa e altamente articulada. As operações financeiras fraudulentas, segundo a polícia, serviam tanto para sustentar o poder econômico do grupo, quanto para financiar a expansão de suas atividades.
Somente em Goiás, mais de 150 policiais civis participam da operação, atuando tanto na região metropolitana de Goiânia quanto em cidades do interior. As equipes cumprem mandados simultaneamente, numa ação coordenada para impedir a fuga de suspeitos e a destruição de provas.
De maneira estratégica, os investigadores conseguiram rastrear as movimentações financeiras e mapear a rede de colaboradores, o que permitiu identificar o fluxo de recursos entre contas físicas e jurídicas usadas pelo grupo. Essa etapa da operação é considerada crucial para o avanço das investigações e para o bloqueio de valores que possam estar circulando no sistema bancário.
Com o avanço das diligências, a Polícia Civil reforça que o combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro segue como prioridade no enfrentamento à criminalidade complexa em Goiás. A expectativa é que, com a apreensão de documentos, dispositivos eletrônicos e outros materiais, novas provas possam ser obtidas e novos envolvidos identificados.
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