Goiás alcançou a segunda colocação no Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual (IMLEE) 2025, ficando atrás apenas de São Paulo. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira, mostra que o Estado obteve score de 6,12 e apresentou crescimento de 30,5% em relação a 2022, quando ocupava o nono lugar. O resultado coloca Goiás entre os principais ambientes de negócios do País.

O estudo avalia a capacidade dos indivíduos de atuar na esfera econômica com menos restrições do poder público. A análise considera fatores como gastos governamentais, carga tributária, estrutura do emprego público, densidade sindical e ambiente regulatório — todos consultados em bases oficiais do IBGE, Ministério do Trabalho, Secretaria do Tesouro Nacional e Receita Federal.

Indicadores que influenciam o desempenho

Segundo o relatório, estados que se destacam em liberdade econômica tendem a registrar renda per capita mais elevada, maior expectativa de vida, menor mortalidade infantil e maior capacidade de inovação. Goiás aparece nesse grupo ao lado de São Paulo e Espírito Santo, que completam o pódio dos três primeiros colocados.

Para o secretário-geral de Governo de Goiás, Adriano da Rocha Lima, a nova posição reflete políticas de gestão implementadas nos últimos anos. “Subir da nona para a segunda posição em apenas dois anos mostra que o Estado está no caminho certo, com responsabilidade na gestão, menos entraves burocráticos e um ambiente cada vez mais favorável ao empreendedorismo e à inovação. Esse é o tipo de resultado que atrai investimentos, gera empregos e melhora a qualidade de vida da população”, afirmou.

O diretor-executivo do Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Política Econômica (IMB), Erik Figueiredo, avaliou que o levantamento contribui para medir os impactos diretos das políticas econômicas adotadas pelos estados. “O IMLEE mostra o quanto as políticas públicas interferem na liberdade econômica e na eficiência do mercado. Goiás é exemplo de que é possível crescer com responsabilidade fiscal, simplificação e estímulo ao setor produtivo. O resultado evidencia que o Estado oferece condições sólidas para quem quer investir e produzir”, disse.

Políticas que ampliaram a liberdade econômica de Goiás

Nos últimos anos, Goiás passou a ocupar posições mais elevadas em estudos nacionais relacionados à competitividade e eficiência administrativa. De acordo com o IMLEE, estados que apresentam melhor desempenho costumam ter estruturas mais enxutas, carga tributária equilibrada e mercados de trabalho mais dinâmicos. Esses fatores ajudam a explicar o aumento do interesse de empresas por regiões com menor burocracia e maior previsibilidade regulatória.

O avanço também ocorre em meio à implementação de medidas estaduais voltadas à simplificação de processos. Em julho de 2024, o governador Ronaldo Caiado regulamentou a Lei de Liberdade Econômica ao assinar o decreto que normatizou a Lei Estadual nº 22.612, de abril do mesmo ano. A regulamentação estabeleceu que 962 atividades classificadas como de baixo risco estão dispensadas de atos públicos para iniciar as operações. O mecanismo busca dar mais agilidade e segurança a empreendedores que desejam formalizar negócios no Estado.

A mudança reduziu etapas administrativas e ampliou a lista de atividades que podem funcionar sem licenciamento prévio. Segundo o governo estadual, a iniciativa pretende tornar a abertura de empresas mais rápida e estimular um ambiente de negócios alinhado a práticas de desburocratização adotadas em outros estados com desempenho elevado.

Com a nova colocação no IMLEE, Goiás passa a integrar o grupo de unidades federativas com gestão considerada mais eficiente dentro dos parâmetros do estudo.

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