Black Friday amplia risco de fraudes digitais e exige alerta maior de consumidores
Brasil registra quase 7 milhões de tentativas de golpe no semestre; especialista lista cinco ações para evitar prejuízos durante o pico de compras
A Black Friday, já consolidada como uma das principais datas do varejo brasileiro, também se tornou um dos momentos de maior exposição às fraudes digitais. Dados da Serasa Experian mostram que o país registrou quase sete milhões de tentativas de fraude no primeiro semestre de 2025, crescimento de 29,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume equivale a uma ocorrência a cada 2,3 segundos — um ritmo que, segundo analistas, vem se intensificando nos meses que antecedem o evento. Em meio ao aumento das compras online e à busca por ofertas, cresce a chance de golpes que miram dados pessoais e financeiros.
Nesse cenário, Marcelo Tavano, COO da Exato Digital, reforça que a atenção deve ser redobrada. “A Black Friday é um momento de oportunidades, mas exige atenção redobrada. Com cuidados simples e ferramentas confiáveis, é possível aproveitar as promoções sem colocar dados pessoais ou financeiros em risco”, afirma. A recomendação vale tanto para consumidores quanto para empresas, que também precisam revisar seus fluxos de segurança durante períodos de alto volume transacional.
A seguir, Tavano destaca cinco medidas essenciais para reduzir o risco de fraudes digitais na Black Friday:
1. Verifique a autenticidade do site
Checar se o endereço é oficial, observar o cadeado de segurança (HTTPS) e evitar páginas com erros de português ou layout improvisado diminuem a chance de cair em páginas falsas.
2. Pesquise a reputação do vendedor
Consultar avaliações de outros usuários e verificar se a loja está registrada em órgãos de proteção ao consumidor ajuda a identificar potenciais golpes. Para empresas, plataformas de background check — como as oferecidas pela Exato Digital — contribuem para validar parceiros e fornecedores.
3. Desconfie de promoções irreais
Ofertas com valores muito abaixo do mercado costumam ser usadas para atrair vítimas. Golpistas replicam logos, criam perfis falsos e montam páginas idênticas às originais. A orientação é comparar preços em diferentes lojas e confirmar a legitimidade da promoção.
4. Utilize métodos de pagamento seguros
Cartões de crédito e gateways confiáveis permitem contestação em caso de golpe. Transferências diretas, boletos suspeitos ou depósitos não oferecem proteção. Também é importante observar se o site usa protocolos de criptografia e desconfiar de urgência imposta no fechamento da compra.
5. Proteja seus dados pessoais
Evitar fornecer CPF, senhas e dados bancários em sites ou chats suspeitos, manter antivírus atualizado e usar autenticação em dois fatores reduzem significativamente as chances de ataque. O cuidado também vale para links recebidos por e-mail ou WhatsApp.
Para Tavano, pequenos hábitos são determinantes para uma Black Friday mais segura. “Segurança digital é sobre prevenção e atenção aos detalhes. Empresas que adotam boas práticas de verificação de antecedentes e consumidores que seguem protocolos simples conseguem navegar na Black Friday com tranquilidade, aproveitando as ofertas sem risco”, conclui.
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