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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
NEGOCIOS

Goiás supera o país e avança 2,5% no varejo, mesmo com desaceleração nacional

Estado acumula 0,7% no ano e 1,6% em 12 meses, apesar da queda nacional

Otavio Augustopor Otavio Augusto em 19 de novembro de 2025
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Goiás cresceu 2,5% no varejo e ficou entre os quatro melhores do país. Foto: Divulgação

O comércio varejista de Goiás registrou crescimento de 2,5% em setembro de 2025, na comparação com o mesmo mês de 2024, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. A princípio, o resultado coloca o Estado entre os quatro melhores do país, ficando atrás apenas de Tocantins (3,2%), Amapá (2,9%) e Bahia (2,4%). No mesmo recorte, o varejo brasileiro cresceu apenas 0,8%, enquanto apresentou queda de 0,3% frente a agosto, marcando a quinta retração em seis meses. Sendo assim, Goiás se destaca por manter estabilidade em um período de desaceleração nacional.

As variações acumuladas em Goiás permanecem positivas: 0,7% no ano e 1,6% em 12 meses. Esse cenário reforça a capacidade do Estado de sustentar ritmo de expansão mesmo diante do crédito mais caro, da Selic mantida em 15% ao ano e dos sinais de perda de fôlego da economia nacional.

Móveis, eletrodomésticos e perfumaria impulsionam alta

O grupo de móveis e eletrodomésticos foi o principal responsável pelo avanço goiano. O segmento registrou crescimento de 13% frente a setembro de 2024 e mantém trajetória positiva desde outubro daquele ano. No acumulado, apresenta alta de 13,8% no ano e de 12,1% em 12 meses. Outro destaque é o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, que cresceu 12,6% no mês e não registra queda desde julho de 2020. A categoria acumula 8,5% no ano e 8,8% em 12 meses.

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No varejo ampliado — que inclui veículos, motocicletas, partes e peças, material de construção e atacado especializado — o desempenho também foi positivo, com alta de 7,4% na comparação com setembro de 2024. Esse avanço supera o resultado nacional, que ficou em 1,1% no mesmo período. Enfim, a combinação de segmentos essenciais e setores de maior valor agregado reforça a robustez do comércio goiano.

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Segmento de móveis e eletrodomésticos avançou 13% em setembro para o varejo. Foto: Divulgação

Governo aponta estabilidade como motor do crescimento

Segundo o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho, o ritmo do comércio reflete um ambiente favorável ao empreendedorismo. “Seguimos empenhados em criar condições para que o setor continue gerando empregos e renda para a população”, afirmou.

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, destaca que os resultados demonstram previsibilidade econômica. “Quando observamos esses números, percebemos bases sólidas sustentando o consumo. Goiás integra políticas públicas, fortalece a renda das famílias e cria condições para que o comércio permaneça aquecido”, disse.

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Serviços goianos de varejo cresceram 3,6%, acima da média nacional. Foto: Divulgação

Cenário nacional perde força com juros altos

Enquanto Goiás avança, o varejo nacional enfrenta limitações impostas pelos juros elevados. De acordo com o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas apresentaram queda em setembro. Entre os recuos mais intensos estão livros e papelaria (-1,6%), vestuário (-1,2%) e combustíveis (-0,9%). Além disso, móveis e eletrodomésticos caíram 0,5% no resultado mensal do país, contrastando com o forte crescimento registrado em Goiás. Por fim, hiper e supermercados tiveram baixa de 0,2%.

Em 12 meses, o varejo brasileiro acumula alta de 2,1%, a menor desde janeiro de 2024. Para o economista Heliezer Jacob, do C6 Bank, “a economia brasileira deve crescer menos em 2025 do que em 2024, com previsão de avanço de 2% e impacto direto do crédito mais caro sobre o consumo”.

Serviços no varejo reforçam posição de Goiás

O setor de serviços também contribuiu para sustentar o desempenho estadual. A princípio, Goiás registrou alta de 3,6% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2024, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). O resultado supera a média nacional, de 2,8%. No acumulado do ano, o Estado cresce 3%, e em 12 meses, 2,4%. Transportes, tecnologia, comunicação e serviços administrativos impulsionam o balanço.

Para o Governo de Goiás, a diversificação econômica tem sido determinante. “Mesmo diante de um ambiente competitivo, Goiás demonstra resiliência e equilíbrio”, destacou Rocha Lima. Ou seja, o conjunto de setores aquecidos garante que o Estado mantenha trajetória de crescimento e continue atraindo investimentos.

 

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