A Campus Party Goiás 2025 promete surpreender o público com partidas de futebol disputadas por robôs humanoides totalmente autônomos. A demonstração ficará por conta da equipe Talos Humanoid Robots, grupo de pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG), que levará ao evento os robôs jogadores Zizu e Roni. As atividades acontecerão na Área Open, entre os dias 20 e 23 de novembro, no Passeio das Águas Shopping, em Goiânia — com entrada gratuita.

A Talos Humanoid Robots nasceu como um projeto científico ligado ao Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) e ao AKCit, dentro da Escola de Engenharias da UFG. A equipe reúne seis pesquisadores das áreas de engenharia elétrica, engenharia da computação, ciências da computação e engenharia física.

Durante a feira, o grupo apresentará partidas X1 entre robôs, desafios entre humanos e máquinas e sessões de interação direta com o público. Esses momentos costumam ser um dos atrativos mais procurados nas edições da Campus Party.

Os humanoides utilizados nas demonstrações são modelos T1, desenvolvidos pela fabricante chinesa Booster Robotics. Eles foram projetados especialmente para jogar futebol e fazem parte de uma iniciativa internacional com uma meta ousada: até 2050, robôs humanoides devem enfrentar — e vencer — a seleção campeã da Copa do Mundo.

Como os robôs aprendem a jogar

Antes de entrar em campo, Zizu e Roni passam por um processo de treinamento totalmente virtual. Os pesquisadores programam e testam comportamentos em simulações inseridas no “cérebro” dos robôs, onde eles aprendem a reconhecer o espaço, medir distâncias, identificar o gol e decidir como se movimentar.

Depois dessa etapa, os robôs ganham autonomia completa. Eles atuam sozinhos, analisam o ambiente em tempo real e se comunicam entre si para definir a estratégia de jogo — tudo sem interferência humana durante a partida.

A inspiração por trás do nome Talos

O nome da equipe remete ao primeiro robô autônomo da história, segundo a mitologia grega: Talos, o gigante de bronze que protegia a Ilha de Creta. Criado para defender a civilização, Talos só podia ser derrotado se inimigos encontrassem seu ponto fraco — uma artéria que ia do pescoço ao tornozelo, selada por uma cavilha de bronze.

Assim como o personagem mítico, a equipe Talos busca desenvolver tecnologia capaz de unir força, inteligência e autonomia, criando “atletas” robóticos cada vez mais completos.

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