Goiânia registra 27 mil casos de dengue e 34 mortes em 2025
Com mais de 33 mil notificações e 34 óbitos, município acelera medidas de prevenção e controle das arboviroses.
Goiânia enfrenta um cenário preocupante com mais de 27 mil casos confirmados de dengue registrados entre janeiro e novembro de 2025. De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, a capital também contabiliza 33.033 notificações e 34 mortes provocadas pela doença. Os números colocam a cidade em alerta sanitário, enquanto as autoridades de saúde reforçam medidas emergenciais para evitar uma nova escalada da epidemia.
Diante da alta incidência, a prefeitura intensifica as operações de controle do Aedes aegypti. Equipes de endemias percorrem bairros com maior concentração de casos, orientam moradores e eliminam focos do mosquito. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde amplia campanhas educativas, buscando sensibilizar a população sobre cuidados simples, como remover recipientes que acumulam água e manter quintais limpos.
As unidades de saúde também recebem reforço. Conforme a gestão municipal, o atendimento nas redes pública e privada registra aumento constante de pacientes com sintomas compatíveis com dengue, zika e chikungunya. Por isso, médicos e enfermeiros foram redirecionados para atender a demanda crescente.
Risco ampliado e necessidade de prevenção contra a dengue
Além do avanço da dengue, a Prefeitura de Goiânia alerta que o mesmo mosquito transmite zika e chikungunya, ampliando o risco para a população. Por isso, as autoridades tratam o momento como crítico e orientam que qualquer sintoma — como febre alta, dores no corpo, náuseas ou manchas na pele — seja motivo para procurar atendimento médico imediato.
Apesar dos esforços, especialistas destacam que o combate ao Aedes depende, sobretudo, da participação ativa da comunidade. Cerca de 80% dos criadouros do mosquito, segundo técnicos da saúde, são encontrados dentro das residências. Por isso, a prefeitura reforça que a colaboração dos moradores é decisiva para frear a proliferação do vetor.
Paralelamente às ações de campo, o município reforça o monitoramento dos casos e avalia novas estratégias de enfrentamento, como uso ampliado de drones para identificar focos em áreas de difícil acesso e aumento das visitas dos agentes de endemias. As equipes também fazem levantamento rápido de índices de infestação para direcionar as ações aos bairros mais afetados.
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