Brasília e Goiânia lideram ranking nacional de fiscalização eletrônica no trânsito
Levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária mostra que as duas capitais têm as maiores taxas de radares por frota no país
Brasília e Goiânia encabeçam o ranking nacional de fiscalização eletrônica, segundo um estudo inédito do Observatório Nacional de Segurança Viária em parceria com a UFPR. A pesquisa, baseada em dados do Inmetro compilados ao longo de 2023, revela que ambas as capitais possuem as maiores proporções de radares de velocidade em relação às suas frotas de veículos.
O relatório “Indicadores Brasileiros sobre Fiscalização de Velocidade”, que será apresentado nesta terça-feira (25), mostra que Brasília lidera com 7,5 câmeras para cada 10 mil veículos, ficando muito à frente das demais capitais brasileiras.
No extremo oposto, Florianópolis aparece com o menor índice do país: 0,08 radar para o mesmo volume de veículos. A prefeitura informou que prepara estudos e um termo de referência para contratar novos equipamentos de controle de velocidade, avanço de sinal e parada sobre faixa de pedestres, com previsão de implementação no primeiro semestre de 2026.
O estudo também aponta uma característica única do Distrito Federal: ao contrário da tendência nacional, Brasília tem mais radares instalados em rodovias (5,92) do que em vias urbanas (1,58).
Goiânia ocupa o segundo lugar do ranking
Entre as capitais estaduais, Goiânia aparece em segundo lugar no ranking geral, com 5,83 radares por 10 mil veículos. Nas vias urbanas, a proporção sobe para 4,75, enquanto em rodovias o índice é de 1,08.

Mesmo com a maior frota do Brasil — cerca de 9,5 milhões de veículos em 2023 —, São Paulo ocupa apenas a 18ª posição, com 1,64 radar por 10 mil veículos.
Destaques entre os municípios e estados
O relatório chama atenção para o caso de Vera Cruz (RS), cidade com pouco mais de 26 mil habitantes, que possui cinco lombadas eletrônicas — número considerado alto proporcionalmente à frota local de 20,5 mil veículos.

Na análise por estado, e excluindo o Distrito Federal, Goiás aparece em primeiro lugar com índice de 4,6 equipamentos por 10 mil veículos, enquanto o Amazonas tem o pior indicador nacional, com apenas 0,12. A média brasileira é de 2,9 câmeras para cada 10 mil veículos.