Inundações no sudeste da Ásia provocam mais de 1.700 mortes
Indonésia e Sri Lanka seguem em busca de centenas de desaparecidos, enquanto número de mortos após o ciclone Ditwah chega a quase dois mil
As consequências do ciclone Ditwah continuam se agravando no sudoeste da Ásia, onde as autoridades atualizaram neste sábado (6) o total de mortes para mais de 1.700. Os números vêm sendo revisados conforme equipes conseguem acessar áreas destruídas e localizar vítimas em meio aos escombros. Indonésia, Sri Lanka e Tailândia concentram quase todas as perdas humanas e ainda procuram centenas de pessoas desaparecidas.
A contagem oficial aponta 908 vítimas na Indonésia, 607 no Sri Lanka, 267 na Tailândia e 3 na Malásia. O desastre teve início no fim de novembro, quando o ciclone levou chuvas volumosas para a região, provocando enchentes e deslizamentos que deixaram milhões de moradores afetados. Diante da dimensão dos danos, Indonésia e Sri Lanka solicitaram apoio internacional para reforçar as operações de emergência.

Indonésia lidera ranking de vítimas das inundações
A situação mais delicada permanece na Indonésia. As três províncias de Sumatra atingidas pelo Ditwah registram o maior número de mortos, e o governo divulgou que 410 pessoas continuam desaparecidas. Parte das áreas afetadas segue de difícil acesso, o que retarda o trabalho das equipes que vasculham localidades soterradas por lama ou bloqueadas por estruturas destruídas.

No Sri Lanka, o levantamento atualizado na sexta-feira confirmou 607 mortes e a ausência de 214 pessoas. O governo reconhece que o total deve aumentar, já que o intervalo desde o desastre reduz as chances de novos resgates com vida, especialmente nas regiões mais isoladas.
Os esforços de busca vêm sendo prejudicados não apenas pelos impactos iniciais, mas também por novas chuvas. No Sri Lanka, o acumulado entre quinta e sexta-feira (5) superou os 150 milímetros, o que voltou a atingir áreas que já estavam fragilizadas pelas enchentes anteriores e dificultou a chegada de equipes de resgate.