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terça-feira, 9 de dezembro de 2025
Sérgio Moro

PP veta Moro e muda jogo político no Paraná

Moro reagiu, chamou a decisão de “arbitrária” e prometeu insistir na candidatura. PP barrou a homologação do senador para o governo estatual em 2026, abrindo nova disputa interna e acirrando a tensão com o União Brasil

Paula Costapor Paula Costa em 9 de dezembro de 2025
Sérgio Moro
Veto do PP isola Moro e redesenha cenário eleitoral. Decisão unânime do Progressistas impede homologação da candidatura do senador e amplia o conflito com o União Brasil às vésperas da eleição de 2026. Crédito: Agência Brasil.

O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PP-PI), confirmou que o partido não homologará a pré-candidatura do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) ao Governo do Paraná nas eleições de 2026, após decisão unânime do diretório estadual. Após rejeição interna, União Brasil reage, critica “arbitrariedade” e promete insistir na candidatura, enquanto Ratinho Junior mantém indefinição sobre seu sucessor.

A deliberação ocorreu durante reunião com dirigentes locais, na segunda-feira (8), em que o Progressistas priorizou fortalecer sua presença regional. A medida, tomada ao lado das lideranças paranaenses Maria Victoria e Ricardo Barros (PP-PR), encerrou meses de impasse entre PP e União Brasil sobre a composição da federação.

Ciro Nogueira afirmou que respeitará a posição do diretório estadual e que o partido trabalhará para ampliar sua bancada no próximo pleito. Segundo ele, a federação PP–União Brasil não avançará com o nome de Moro.

Ricardo Barros explicou que, após sete meses de tratativas, não houve convergência suficiente para consolidar a aliança. Ele ressaltou que o calendário eleitoral exige definição das chapas até abril e mencionou a retomada de articulações com o PSD, que incluem conversas com o prefeito Rafael Greca e o deputado Alexandre Curi.

Apesar de evitar confirmar apoio direto ao candidato que será escolhido pelo governador Ratinho Junior (PSD), Nogueira sinalizou proximidade com o grupo governista. Maria Victoria citou alternativas internas do PP, como Cida Borghetti, Rafael Greca, Alexandre Curi, Guto Silva ou um nome indicado pelo próprio governador. Barros reforçou que a sigla integra a base de Ratinho e tem interesse em apresentar candidato competitivo ao Executivo estadual.

Nas redes sociais, a decisão provocou reação imediata. O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, classificou o veto a Moro como “arbitrário” e “inaceitável”, afirmando que insistirá na tentativa de homologação da candidatura do senador, que, segundo ele, lidera as pesquisas no estado.

Sérgio MoroMoro também se pronunciou, dizendo que sua sigla continuará conversando com o PP e criticando o que chamou de “imposição arbitrária”. O parlamentar declarou que o Paraná precisa de modernização e reforçou que seus adversários são “o PT, o atraso e o crime organizado”.

Sérgio Moro

Enquanto isso, o PSD ainda não definiu se apresentará nome próprio para a disputa estadual. Ratinho Junior segue sem anunciar seu candidato oficial, embora o Progressistas espere que a escolha influencie diretamente a formação de sua chapa para 2026.

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