Comércio goiano cresce acima do país e vendas de eletrodomésticos disparam 23%
Levantamento do IBGE mostra expansão em oito segmentos e avanço de 1% na passagem de setembro para outubro no comércio
O comércio varejista de Goiás apresentou um dos desempenhos mais consistentes do país em outubro, impulsionado principalmente pelo aumento expressivo nas vendas de eletrodomésticos. Na comparação interanual, o segmento registrou alta de 23%, consolidando-se como o principal motor do avanço no estado. A demanda aquecida por produtos duráveis também se refletiu nas vendas de móveis, que cresceram 9,6%, e nas de artigos pessoais e de uso doméstico, que subiram 7,8%.
Os dados integram a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, analisada pelo Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Estatística (IMB). No total, 14 segmentos compõem o levantamento, dos quais oito tiveram crescimento em Goiás.
Desempenho do comércio acima da média nacional
A alta de 3,5% no varejo goiano em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2024, colocou o estado novamente acima da média nacional, que ficou em 1,1%. A tendência de avanço também aparece na passagem de setembro para outubro, quando Goiás registrou crescimento de 1%, enquanto o país avançou 0,5%.
O resultado reforça um movimento que vem se repetindo ao longo do ano: Goiás tem apresentado desempenho superior ao do conjunto das unidades da federação em praticamente todos os levantamentos do comércio. Para especialistas do IMB, o bom ritmo está ligado ao consumo de produtos de maior valor agregado, ao comportamento do crédito regional e ao dinamismo da economia goiana em 2025.

Segmentos que mais cresceram no acumulado
No acumulado dos 12 meses anteriores a outubro, três setores se destacaram: a venda de eletrodomésticos, que subiu 15,3%; o segmento de livros, jornais e papelaria, que teve alta de 9,3%; e o de artigos farmacêuticos, médicos e cosméticos, que avançou 8,8%.
Essas categorias, apesar de distintas, compartilham fatores que explicam o desempenho: demanda reprimida nos anos anteriores, reposição de bens duráveis, novos hábitos de consumo e maior circulação de renda. O setor farmacêutico, em especial, manteve estabilidade mesmo em períodos de inflação mais elevada, impulsionado por produtos de cuidado pessoal e itens de saúde preventiva.
Ambiente econômico previsível
Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, a força do comércio reflete diretamente a solidez da economia estadual. “Nós temos um ambiente econômico previsível e em constante crescimento. Esses números demonstram que as políticas que estamos implementando estão funcionando e que o setor produtivo do estado segue respondendo de forma consistente”, afirmou.
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O secretário destaca que a combinação entre estabilidade fiscal, expansão industrial e investimentos em logística tem favorecido o comércio local. O estado também tem registrado aumento na formalização de empresas e na abertura de novos negócios em 2025, especialmente nos setores de serviços, varejo alimentar e eletroeletrônicos.

Ações para atrair investimentos
O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho, reforça que o governo tem atuado diretamente para ampliar a competitividade do setor. “Estamos empenhados em criar ambientes cada vez mais favoráveis para que o comércio continue se expandindo em Goiás, gerando desenvolvimento econômico, empregos e renda para a população. Nosso estado tem grande potencial e uma economia pujante”, afirmou.
Segundo ele, programas de incentivos, qualificação de mão de obra e desburocratização têm sido pontos-chave para atrair novos investimentos. As redes varejistas instaladas no estado também têm ampliado operações, abrindo novas unidades e reforçando centros de distribuição, o que contribui para a melhora do desempenho no varejo ampliado.