Haddad confirma saída da Fazenda para reforçar campanha de Lula
Ministro da Fazenda confirma intenção de sair no começo de 2026 e descarta disputar cargos eletivos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou que pode deixar o comando da pasta no início de 2026 para atuar diretamente na campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita na última sexta-feira (12), durante a inauguração do SBT News, e reforça sinais já emitidos pelo próprio ministro em entrevistas recentes à imprensa.
Segundo Haddad, a saída do governo deve ocorrer “um pouco antes de março” do próximo ano, dentro do prazo legal de desincompatibilização eleitoral, que exige o afastamento de cargos públicos até abril para participação no processo eleitoral. A possibilidade de deixar o ministério no começo de 2026 já vinha sendo mencionada por ele em conversas reservadas e agora foi confirmada publicamente.
Em entrevistas concedidas aos jornais O Globo e Folha de S.Paulo, o chefe da equipe econômica afirmou que não pretende disputar cargos eletivos nas eleições de 2026. O objetivo, segundo ele, é colaborar com a campanha presidencial de Lula, tanto na elaboração do programa de governo quanto na definição da estratégia política. “Quero dar uma contribuição para pensar o programa de governo e para pensar como estruturar a campanha dele”, declarou.
Haddad afirmou ainda que já comunicou essa intenção ao presidente da República, que, de acordo com o minis
tro, se comprometeu a respeitar qualquer decisão tomada. Nos bastidores do PT, a avaliação é de que a eventual saída do titular da Fazenda pode ocorrer até abril, acompanhando o calendário eleitoral.
Analistas do mercado financeiro acompanham o movimento com atenção e apontam que a aproximação do ciclo eleitoral tende a aumentar a volatilidade, com oscilações mais intensas tanto na Bolsa quanto no câmbio. Paralelamente, Haddad tem resistido às pressões internas do PT para disputar o governo de São Paulo ou uma vaga no Senado, reforçando o discurso de que sua atuação em 2026 será restrita ao apoio político à reeleição de Lula.