Levantamento do Grindr mostra como a comunidade LGBTQIA+ se relaciona online
Análise combina engajamento no aplicativo, consumo cultural e comportamentos digitais
O Grindr divulgou a edição brasileira do seu relatório anual de comportamento, reunindo dados de uso, engajamento e preferências culturais de usuários no país. A iniciativa cruza informações coletadas dentro do aplicativo com padrões de interação observados ao longo do ano, oferecendo um retrato detalhado da forma como a comunidade LGBTQIA+ brasileira se conecta, consome cultura e ocupa o espaço digital.
O levantamento confirma o Brasil como um dos mercados mais ativos do Grindr no mundo, com dinâmicas próprias que vão além do encontro casual e dialogam diretamente com música, entretenimento, identidade e vida urbana.

Horários, músicas e construção do perfil Grindr
Segundo os dados do Grindr, o pico de atividade entre usuários brasileiros ocorre às 22h, faixa horária em que conversas se intensificam e interações se tornam mais frequentes. A curadoria musical dos perfis aparece como um marcador de identidade: faixas de Lady Gaga, Ariana Grande, Billie Eilish e The Weeknd figuram entre as mais utilizadas.
A escolha das músicas sugere que o Grindr funciona também como vitrine simbólica, em que referências pop ajudam a sinalizar afinidades, humor e pertencimento cultural.

Cidades, signos e dinâmicas de interação
O relatório do Grindr aponta Porto Alegre, São Paulo e Vila Velha como as cidades que mais distribuem favoritos, enquanto São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador concentram usuários que declaram buscar conexões voltadas à amizade. Entre os signos mais mencionados nos perfis estão Escorpião, Leão e Virgem, indicando a permanência da astrologia como elemento de linguagem social.
Esses dados revelam como o Grindr reflete diferenças regionais e formas distintas de interação dentro do país.
Cultura pop e reconhecimento
O levantamento também destaca preferências culturais que marcaram o ano. Beyoncé lidera como artista internacional mais desejada, enquanto o Rio de Janeiro aparece como destino mais associado à experiência LGBTQIA+. Reality shows, blocos de Carnaval e podcasts figuram entre os itens mais votados, reforçando a intersecção entre o Grindr e a vida cultural fora do aplicativo.
Ao organizar esses dados, o Grindr consolida-se como um observatório informal da cultura queer brasileira, onde comportamento digital e vida social se entrelaçam.

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