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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
União Brasil

Lula afasta Celso Sabino e entrega Turismo novamente ao União Brasil

A troca marca a 14ª mudança ministerial do terceiro mandato do presidente Lula e reforça a articulação do Planalto com uma ala do partido que segue alinhada ao Palácio do Planalto

Paula Costapor Paula Costa em 17 de dezembro de 2025
Lula
Fora do ministério, Celso Sabino confirma que vai se dedicar à construção de uma candidatura ao Senado nas eleições do próximo ano. Crédito: Agência Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quarta-feira (17), a saída de Celso Sabino do comando do Ministério do Turismo, encerrando um impasse político após a expulsão do ministro do União Brasil. A decisão amplia para 14 o número de mudanças no primeiro escalão do governo desde o início do terceiro mandato, em janeiro de 2023, e abre espaço para a indicação de um novo nome pela sigla. Após expulsão do partido, ministro anunciou nesta noite, que deixa o Turismo, mas que abre caminho para nova articulação política de olho em 2026, confirmando sua candidatura ao Senado.

Celso Sabino deixou o partido no início de dezembro, depois que o União Brasil decidiu romper formalmente com o governo petista. Mesmo assim, o ministro optou por permanecer no cargo, contrariando a orientação da legenda, o que acelerou o desgaste político e tornou sua saída inevitável.

Para o lugar de Sabino, o União Brasil indicou Gustavo Feliciano, filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB). Ele já atuou como secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba e é visto como um nome ligado à ala do partido que mantém diálogo com o Palácio do Planalto.

A troca reforça a estratégia do governo Lula de manter canais abertos com setores do União Brasil mais alinhados ao Executivo. Auxiliares do presidente afirmam que a nomeação faz parte de uma articulação política visando consolidar apoio no Congresso e construir alianças de olho nas eleições de 2026.

A saída de Sabino foi oficializada após o encerramento da COP30, em Belém, evento do qual o então ministro participou ao lado de Lula. A decisão teve o aval do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, e de parlamentares da bancada governista da legenda na Câmara, apesar de aprofundar divisões internas no partido sobre a permanência na base aliada.

Na manhã desta quarta-feira, antes do anúncio, Sabino ainda participou da última reunião ministerial do ano, convocada por Lula para fazer um balanço das ações do governo e projetar o cenário político para 2026. Ele também integrou a chamada “foto de família” com o presidente e os demais ministros, sem qualquer sinal público de que seria demitido.

Lula
Na manhã desta quarta-feira, antes do anúncio, Sabino ainda participou da última reunião ministerial do ano, após expulsar o ministro, partido pressiona o Planalto e retoma controle da pasta. Crédito: Agência Brasil.

Segundo interlocutores do Planalto, o União Brasil reivindicou a retomada do controle da pasta logo após a expulsão de Sabino. O acordo foi negociado diretamente entre a cúpula partidária e a ala política do governo.

“A garantia da governabilidade faz parte também da participação do governo pelos partidos e houve realmente essa demanda, vamos chamar assim, do União Brasil para indicar o ministro”, garantiu Sabino em entrevista coletiva à imprensa, realizada nesta tarde. Ele afirmou que deixa o Ministério do Turismo por uma decisão do governo Lula (PT) em busca de “garantir a governabilidade”.

União Brasil

Na noite desta quarta-feira, Sabino publicou nas redes sociais, uma nota oficial, sobre a sua saida. “Assim como recebi um chamado do presidente Lula, agora recebo e aceito o chamado para uma nova missão, a de disputar as eleições para o Senado Federal, pelo meu estado do Pará, ao lado do presidente Lula, e com a certeza de que temos o melhor projeto para o país e para o meu querido estado do Pará”, escreveu Celso Sabino, confirmando que fora do ministério, vai se dedicar à construção de uma candidatura ao Senado nas eleições do próximo ano, mantendo-se ativo no cenário político nacional.

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