Ativista ambiental desaparece na Chapada dos Veadeiros e mobiliza buscas em Alto Paraíso
Conhecido como “João Planta”, defensor do Cerrado não é visto desde 8 de dezembro; Polícia Civil segue com as investigações
O desaparecimento de um defensor do meio ambiente tem causado comoção e mobilizado a comunidade de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros. João Paulo Vaz da Silva, de 33 anos, conhecido popularmente como “João Planta”, não é visto desde o dia 8 de dezembro, e o caso segue sem respostas concretas.
Natural de Porangatu, João morava em Alto Paraíso desde 2015 e construiu uma trajetória marcada pela atuação em práticas sustentáveis e pelo profundo conhecimento do Cerrado. Extrativista ambiental, ele trabalhava em hortas, jardins, hospedagens e projetos ligados à preservação da natureza, sendo reconhecido pelos moradores como alguém comprometido com a conservação ambiental.
Segundo informações da Polícia Civil, o desaparecimento do ativista ambiental foi registrado oficialmente no dia 16 de dezembro por uma amiga, já que a mãe de João reside em outra cidade. O boletim de ocorrência relata que, no dia em que sumiu, ele chegou em casa carregando plantas, deixou o celular carregando e saiu após ser chamado por pessoas no portão da residência. Desde então, não houve mais notícias sobre seu paradeiro.
Buscas, mobilização e pedidos por informações a respeito do ativista ambiental

Diante da falta de respostas, amigos e moradores iniciaram uma mobilização espontânea. Buscas foram organizadas na região e as redes sociais passaram a ser usadas como ferramenta para divulgar o caso e pedir informações. Atos públicos também vêm sendo realizados na cidade, com cartazes que questionam: “Onde está João Planta?” e pedem esclarecimentos sobre o desaparecimento.
Pessoas próximas relatam que João dedicava a vida ao cuidado com o meio ambiente. Ele coletava sementes, estudava espécies nativas, produzia sabonetes artesanais a partir de óleo usado e atuava como jardineiro em diversos espaços da cidade. Esse vínculo com a natureza fez com que fosse chamado de “guardião do Cerrado” por quem convivia com ele.
A Polícia Civil informou que as investigações continuam em andamento e que diligências seguem sendo realizadas para localizar João Paulo Vaz da Silva e esclarecer as circunstâncias do desaparecimento. Enquanto isso, amigos e moradores mantêm a mobilização e reforçam os apelos por qualquer informação que possa contribuir para encontrá-lo.