Beyoncé transforma turnês em império e entra para o clube dos bilionários
Controle criativo e escala global explicam a fortuna construída fora dos holofotes
Para a maioria dos artistas, a Renaissance World Tour teria representado o ponto mais alto de uma carreira. Com arrecadação próxima de US$ 600 milhões em 2023, a turnê colocou Beyoncé no centro da cultura pop global ao lado de Taylor Swift. Mas, no caso da cantora, o sucesso funcionou menos como ápice e mais como etapa de um projeto empresarial de longo prazo.
Em 2024, ao lançar o álbum Cowboy Carter, Beyoncé promoveu uma mudança estética e estratégica. A incursão pelo country ampliou sua base de público e abriu novas frentes comerciais, que culminaram, em 2025, na turnê de maior faturamento do mundo. O resultado foi simbólico e financeiro: segundo estimativas da Forbes, a artista se tornou oficialmente bilionária.
Beyoncé e o controle total da própria carreira
O caminho até esse patamar começou a ser pavimentado em 2010, quando Beyoncé fundou a Parkwood Entertainment e assumiu internamente a gestão de sua carreira. A empresa passou a produzir álbuns, documentários e turnês, além de bancar os custos de grandes espetáculos. O modelo permitiu reduzir intermediários e ampliar de forma significativa a fatia de lucro retida pela artista.
Embora tenha diversificado investimentos em setores comuns entre celebridades — como bebidas, moda e cuidados pessoais —, a base da fortuna de Beyoncé permanece ancorada na música. O controle sobre um catálogo altamente valorizado e a capacidade de transformar turnês em eventos globais sustentam a maior parte de seus ganhos.
Turnês como principal motor financeiro
A Cowboy Carter Tour consolidou esse modelo. Foram apenas 32 shows, concentrados em nove estádios nos Estados Unidos e na Europa, em formato de mini-residências. A estratégia reduziu custos logísticos e elevou a rentabilidade. Segundo a Pollstar, a turnê arrecadou mais de US$ 400 milhões em ingressos, além de cerca de US$ 50 milhões em merchandising, conforme estimativas da Forbes.
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Somados aos rendimentos do catálogo musical e a contratos publicitários, Beyoncé teria faturado cerca de US$ 148 milhões em 2025 antes de impostos, figurando entre as artistas mais bem pagas do mundo. O desempenho reforça uma tendência da indústria: no cenário pós-pandemia, as turnês passaram a responder por mais de três quartos da renda anual dos grandes nomes da música.
Ao longo da última década, Beyoncé deixou de ser apenas um ícone pop para se consolidar como uma executiva do entretenimento. Ao unir controle criativo, escala industrial e leitura precisa do mercado, a cantora transformou sua carreira em um império financeiro — e redefiniu o que significa sucesso na música global.
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