Os organizadores da queima de fogos de Ano Novo em Sydney, na Austrália, realizaram nesta quarta-feira (31) um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do ataque terrorista ocorrido na praia de Bondi, em um gesto de solidariedade durante as celebrações oficiais na cidade.

Como parte da homenagem, a Ponte da Baía de Sydney foi iluminada de branco, enquanto uma menorá, símbolo tradicional do judaísmo, foi projetada em seus pilares. O público reunido ao redor da baía foi incentivado a ligar as lanternas dos celulares e apontá-las para o céu, em apoio à comunidade judaica e às pessoas mortas no atentado.

Natal em Bondi é marcado pelo luto

O clima de luto já havia marcado as comemorações de Natal em Bondi. No dia 25, a tradicional celebração na praia foi silenciada após o ataque que matou 15 pessoas durante uma celebração de Hanukkah. A polícia reforçou o patrulhamento na orla, destino turístico popular no período natalino, enquanto centenas de pessoas se reuniram nas areias.

Bandeiras foram hasteadas a meio mastro em frente ao Bondi Pavilion, edifício histórico próximo ao local do ataque. Segundo a polícia, a ação foi cometida por pai e filho inspirados pelo grupo terrorista Estado Islâmico. Sajid Akram morreu após ser baleado por agentes durante o ataque. O filho, Naveed Akram, também foi atingido, ficou em coma e depois foi formalmente indiciado.

Em Melbourne, um carro com um cartaz de “Feliz Chanukah!” foi incendiado no dia de Natal, sem deixar feridos. O primeiro-ministro Anthony Albanese classificou o ato como “algo além da compreensão” e questionou: “Que tipo de ideologia e pensamentos malignos em um momento como esse motivariam alguém?”.

Desde o início da guerra de Israel em Gaza, em outubro de 2023, a Austrália registrou ataques contra sinagogas, prédios judaicos e veículos. A polícia afirmou na terça-feira (30) que Naveed Akram e o pai agiram sozinhos.