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sábado, 23 de novembro de 2024
Eleições

Caiado sonha em ser presidente tal qual Bruno quer se tornar prefeito

Ambos buscam, com legitimidade, e em paralelo, viabilizarem seus nomes nas disputas de 2024 e 2026

Postado em 2 de janeiro de 2024 por admin
Ambos buscam

É legítimo. É o que dizem os interlocutores do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), ao serem questionados sobre a atuação do político que busca, incansavelmente, o apoio da base do governador Ronaldo Caiado (UB), na corrida pela prefeitura de Goiânia no ano que vem.

Bruno quer ser prefeito de Goiânia. Aliás, sonha com isso. O gestor ‘fez bonito’ à época em que figurou como líder do governo Caiado na Alego. Foi crucial na articulação e aprovação de matérias importantes. Depois, quando chegou à presidência da Alego, não foi diferente. Garantiu ao governo uma governabilidade minimamente tranquila por meio de aprovações, sem dificuldades, de pautas caras aos deputados. 

Agora, Bruno busca a contrapartida. Da mesma forma em que busca, “legitimamente”, seu passe, o governador tem — também de maneira legítima — o sentimento de querer mantê-lo no comando da Casa. Bruno traz paz ao governo. Outro gestor, talvez, não seria capaz de garantir a estabilidade necessária ao governo que caminha para o encerramento de uma gestão que quer, sobretudo, ‘fazer bonito’. 

Como prefeito de Goiânia, Bruno teria pouco, ou quase nada, a contribuir com Caiado. Enquanto presidente da Alego, continuaria como o player importante que tem sido desde o princípio. Em entrevista recente ao O Hoje, um aliado de ambos os políticos disse que Caiado tem o sonho de ser presidente tal qual Bruno de se tornar prefeito, e é verdade. 

Não só Peixoto tem trabalhado com verocidade pelo seu sonho. Seu mentor político, Ronaldo Caiado, tem feito exatamente o mesmo. E, de novo, com legitimidade. É impensável discutir o pleito para o governo federal – sem Jair Bolsonaro – sem colocar à mesa o nome do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

A projeção de Caiado toma proporções que enciumam a rude e estratégica tendência de nomes do Sul e Sudeste para a disputa mais importante da República. O mandatário tem feito o que qualquer político experimentado faz: se coloca à disposição para debater não apenas os interesses do estado, mas nacional, interrompendo narrativas e chamando atenção. 

Caiado teve por diversas a biografia destacada na ‘grande imprensa’ ao protagonizar a luta contra a reforma tributária aprovada no Congresso. À Veja, por exemplo, Caiado se garantiu como representante do agronegócio, motivo pelo qual o transformou em um fenômeno político na década de 1980. Ressaltou a importância de olhar para o meio ambiente na produção do agro. Afirmou que Lula evoluiu e não deixou de criticar as ocupações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). 

Em paralelo, Peixoto articula sem falar mal dos adversários e ressaltando, como Caiado, seu legado em Goiânia. Ele lembra, nas entrevistas que concede, ter sido vereador por Goiânia, líder de Governo, deputado estadual e, agora, presidente da Alego. A cereja do discurso: diz com orgulho ter nascido em Goiânia e conhecer cada canto da capital, o que, segundo ele, lhe credencia para buscar o sonho de gerir a capital. 

Nos bastidores, o comentário é que o deputado, que vive seu melhor momento político, tem defendido a definição do nome com base em pesquisas. “Ele tem brigado para que a escolha seja feita com base em pesquisas. Está pacificado o entendimento que a decisão partirá do governador. O que ele está tentando aconselhar é que ele escolha com base nos números, com base em quem possui mais viabilidade, mais chances de chegar lá”, disse, em off, um deputado.

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