O Hoje, O melhor conteúdo online e impresso - Skip to main content

sábado, 10 de agosto de 2024
Acesso rápido

Redes sociais são principal fonte de informação política para goianienses

Levantamento também mostra como população de Goiânia avalia os governos federal, estadual e municipal

Postado em 5 de janeiro de 2024 por Carlos Monteiro
5 foto Tania Rego ABr
Levantamento também mostra como população de Goiânia avalia os governos federal

As redes sociais devem exercer papel de influência significativa nas eleições municipais deste ano. Isso porque 36,7% dos eleitores goianienses afirmam consumir informações sobre política através das redes sociais, enquanto outros 29,5% consomem pela TV aberta; 24,3% pelos portais de notícias, e 9,4% pela TV por assinatura. Os dados são do Instituto Veritá, que realizou pesquisa de opinião entre os dias 21 e 23 de dezembro em Goiânia. Para o levantamento, foram feitas 837 entrevistas estruturadas.

A mudança no consumo de informação é uma tendência que deve continuar aumentando nos próximos anos, avalia o cientista político Guilherme Carvalho. “Consumir informações, seja de qual for o tema, é custo. O cidadão precisa parar o que ele está fazendo para se inteirar sobre o que está acontecendo”, diz. Segundo Carvalho, isso está ligado à questão do crescimento das redes sociais como principal fonte de informação porque é no universo virtual que existe o ativo da atração e a lógica dos algoritmos, fatores que estimulam os usuários a permanecerem online nas redes.

Para o cientista político, é necessário distinguir o que ocorre nas eleições municipais e nacionais. Carvalho argumenta que as pessoas tendem a recair em discussões mais voltadas às questões ideológicas e de costumes em períodos de eleições nacionais. “Mas quando se trata de eleições municipais, o debate é mais complexo, é de políticas públicas, etc. É quando o custo da informação se torna maior. E as pessoas muitas vezes não querem entender isso, apenas discutir pautas como educação sexual nas escolas”, diz. “Proporcionalmente, o consumo de informações é menor porque o eleitor vai ter que sair da zona de conforto e se informar sobre os temas. Isso custa caro.”

Custa caro porque informação não é reforço de opinião, explica Carvalho. “Buscar informações só pelas redes sociais pode limitar o eleitor porque as redes sociais são movidas por algoritmos e elas circulam informações que reforçam suas opiniões. O que você não concorda, você não segue ou dá deslike”, afirma. “Você vai acabar sendo informado pelo mesmo tipo de coisa, lendo muito sob um único prisma e não entendendo a complexidade que cada tema tem.”

“As pessoas querem estar engajadas em um debate em que elas entendam ou que elas pensem que têm algo a contribuir para o debate público. As redes sociais favorecem isso.”

Nesse sentido, o jornal O Hoje alcançou, só pelo Instagram, plataforma em que possui mais de 60 mil seguidores, cerca de 1,4 milhão de usuários por meio das postagens no feed, no reels e nos stories durante o mês de dezembro. O conteúdo jornalístico diário publicado pelo reels, por exemplo, obteve o alcance de cerca de 2,3 milhões de usuários por dia. Com cerca de 1,7 mil vídeos, o canal do YouTube de O Hoje tem 11,9 mil inscritos e publica regularmente entrevistas, notícias e reportagens.

O levantamento do Veritá também quis saber dos goianienses qual a avaliação a respeito dos governos federal, estadual e municipal. O primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi avaliado como péssimo para 36,4% dos entrevistados; 27% avaliaram como ótimo, 14,1% como ruim, e 13,3% como boa a gestão do atual chefe do Palácio do Planalto. 

Na gestão estadual, 38,5% dos goianienses classificaram como ótimo o primeiro ano do segundo mandato do governador Ronaldo Caiado (UB). A administração do mandatário foi tida como boa por 30,2% dos entrevistados, regular por 22,4%, e 4,8% consideraram como ruim, de acordo com o levantamento. 

A margem de erro de toda a pesquisa é de 3,5 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%.

Veja também