O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pode deixar a decisão sobre a medida provisória que reonera a folha de pagamentos para fevereiro. Caso essa seja a definição de Lira, os planos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em fechar um acordo sobre assunto serão frustrados.

De acordo com fontes de bastidores, o presidente da Câmara ficou incomodado com o tratamento do governo à Câmara e, por conta disso, não irá tomar decisões até o fim do recesso parlamentar.

Lira, que está em recesso em Alagoas, decidiu voltar a Brasília para se reunir com Haddad. O retorno acontece após o deputado saber dos planos do ministro de procurá-lo para uma conversa.

O parlamentar, no entanto, está descontente com várias decisões do Executivo. A mais importante delas é o veto do presidente Lula à desoneração da folha quanto ao envio da medida provisória revertendo a decisão do Congresso.

Lira tem indicado que não dará seguimento às conversas de um acordo sem antes ouvir o colégio de líderes da Câmara.

Na última segunda-feira (15), Haddad se reuniu com o presidente do Congresso, Rodrigo Pachego (PSD-MG). O encontro serviu para amarrar termos preliminares de um acerto pelo qual o governo retiraria a MP que reonera a folha e a substituiria por um projeto de lei.