Governo de Goiás prorroga decreto de emergência sanitária para a Influenza Aviária
Prorrogação é de 180 dias a partir de 30 de janeiro
O Governo de Goiás prorrogou em 180 dias, a partir de 30 de janeiro, a situação de emergência zoossanitária no Estado de Goiás, ou seja, a emergência sanitária para a Influenza Aviária. A medida consta no suplemento do Diário Oficial do Estado (DOE) de 15 de janeiro, por meio do Decreto nº 10.393.
A prorrogação, segundo o governo federal, ocorre de forma preventiva, para a mitigação do risco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1). Com isso, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) poderá intensificar as medidas de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em Goiás.
Vale destacar, ainda não houve registro da doença no Estado. Nem em aves silvestres, de subsistência (de quintal) e nem granjas comerciais. “Temos obtido êxito na conscientização dos nossos produtores que estão adotando medidas cautelares para evitar à entrada do vírus no estado”, avalia o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
O País adotou, no meio de 2023, medidas para que a doença não afete a cadeia da avicultura nacional. Na ocasião, o governo federal decretou, por meio da Portaria nº 587/2023, estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional.
Em Goiás, com a prorrogação, ficam mantidas das condições para processos simplificados e de maior agilidade, a fim de evitar a entrada da doença em Goiás. Sobre a doença, ela é causada por vírus e pode ser transmitida pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, além do contato com aves doentes e o acesso de pessoas alheias às criações comerciais.
A transmissão também ocorre pelo contato das aves de criatórios com aves silvestres de vida livre. Não há risco de transmissão da influenza, contudo, pelo consumo de carne e ovos. O tratamento térmico pelo qual passam esses produtos inativa o vírus antes de serem consumidos.
Dados do Painel para consulta de casos confirmados do vírus IAAP-H5N1, atualizado em tempo real pelo Mapa, até o dia 16 de janeiro de 2024 informam que foram monitoradas mais de 2.500 suspeitas. Dessas, 151 se confirmaram como resultado laboratorial positivo para o vírus.
Em nenhum dos casos, o vírus chegou até estabelecimentos comerciais (148 foram identificados em animais silvestres e 3 em aves de subsistência). Os registros positivos ocorreram nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.