Em fala controversa, Lula afirma que ‘nenhuma mulher quer namorar um ajudante geral’
Em discurso, ocorrido nesta quarta-feira (7), petista ressaltava a importância da profissionalização | Foto: Ricardo Stuckert/Secom
Nesta quarta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu ao palanque para o lançamento do campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão. Ao seu lado, estavam nomes relevantes da esfera política, como Anielle Franco (ministra da Igualdade Racial), Camilo Santana (ministro da Educação) e Márcio Macêdo (ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência).
No evento, o chefe do Executivo falou sobre a importância de se inaugurar um Instituto Federal (IF) no local — a obra, por sinal, recebeu um investimento total de R$ 15 milhões e deve ser entregue em 2025. Além disso, os recursos do projeto são provenientes do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), pelo qual serão construídas outras 100 unidades de Institutos Federais por todo o País, contando com R$ 3,9 bilhões de recursos do Governo Federal.
“Hoje, não foi um capitão da Polícia Militar que veio no Alemão anunciar um número de mortos em operação. Hoje, quem veio ao Complexo do Alemão foi a educação. Esse foi o dia da educação no Complexo do Alemão”, destacou o presidente.
Entretanto, apesar do chefe do Executivo discursar em favor da educação, uma fala controversa em relação a ajudantes gerais se destacou.
Declaração polêmica
Em meio a um discurso ameno e de defesa à educação, Lula tentou abordar, de maneira cômica, o tema da escolarização e da importância de se ter uma profissão. Porém, a frase soou como desdém a trabalhadores.
“Em fábrica, a gente sabe que a gente tem que ter uma profissão. Se a gente não tiver profissão, a gente vai ser ajudante geral e ajudante geral não ganha nada. Nenhuma mulher quer namorar com um cara que mostra a carteira profissional, ‘qual é a tua profissão?’, ajudante geral. A mulher fala: ‘pô, cara… nem uma profissão você tem pra levar o feijão e o arroz pra casa no final do mês. E as crianças que vão nascer? Como é que a gente vai cuidar?’. Então, tem que estudar”, afirmou ele.