Casos de dengue em Goiás já ultrapassam 21 mil
Outros 65 óbitos suspeitos estão em investigação
Os últimos dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram que o Estado de Goiás já registrou 21.513 casos confirmados de dengue em 2024, com 53.496 casos notificados. Ao todo, são 6 mortes confirmadas pelo Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses, sendo 3 em Uruaçu, 1 em Cristalina, 1 em Águas Lindas e 1 em Iporá. Outros 65 óbitos suspeitos estão em investigação. Entre as vítimas estão: 2 adolescentes de 16 anos, 2 adultos com idades entre 30 e 33 anos e dois idosos com idades entre 70 e 78 anos.
Em 2023, o total de casos confirmados durante todo o ano foi de 69.173, sendo 123.902 notificações e 41 óbitos confirmados. Nas sete primeiras semanas do ano foram registrados 20.503 e 6 óbitos confirmados.
Quando comparadas as notificações nas sete primeiras semanas de 2024, quando o Estado registrou 53.277, com o mesmo período de 2023 , quando esse número foi de 20.503, é observado um aumento de 159% nos registros de dengue, em Goiás.
Atualmente, 108 municípios estão em situação de emergência para arboviroses, segundo o diagrama de controle. Com o intuito de enfrentar a crise epidemiológica no Estado, foram instalados gabinetes de crises em 84 municípios goianos.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21), o Secretário da SES, Rasível dos Reis, afirmou que houve um aumento no número de internações por dengue em decorrência do aumento de casos da doença. Ele destacou os gabinetes de crises como uma forma de enfrentamento contra a epidemia.
“Com os gabinetes a gente consegue monitorar o número de casos de atendimentos e de internações tanto em enfermaria quanto em terapia intensiva, o tempo médio de permanência desses pacientes nos hospitais, e nos permite organizar o fluxo dos atendimentos”, afirma. A partir desse monitoramento, o número de leitos é disponibilizado para esses pacientes.
Rasível orienta que a hidratação inicial dos pacientes é extremamente importante. Essa hidratação deve ser realizada ainda nas poltronas de atenção primária, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “É importante também segregar o fluxo, ou seja, os pacientes com suspeita de dengue são separados dos pacientes que não têm suspeita de dengue”, salienta.
A capacitação dos profissionais de saúde que trabalham no enfrentamento às arboviroses também foi um ponto destacado pelo secretário. “Eles são treinados para fazerem os manejos adequados dos pacientes, na questão do manejo clínico e no fluxo de atendimento dos pacientes”, destaca.