Em apoio a Rogério, PP de Baldy não acompanhará pré-candidatura da base
O gestor estadual, por sua vez, não definiu que nome a base irá apoiar. Nos bastidores, a informação é que a filha de Iris Rezende, a advogada Ana Paula Rezende, estaria certa na briga pela cadeira
Em um momento em que o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), busca viabilizar o nome à reeleição e garantir o máximo de apoio possível, um aliado importante manifesta parceria para 2024. Trata-se do presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Alexandre Baldy, que é, também, o presidente estadual do Progressistas (PP).
Questionado pelo Jornal O Hoje sobre as movimentações da base em busca de um nome para disputar o pleito de Goiânia, sobretudo o União Brasil do governador Ronaldo Caiado, Baldy afirma que tem acompanhado. “Pois temos compromisso com o prefeito”, emenda.
No ano passado, o presidente do PP chegou a convidar Rogério para se filiar. O partido é bem cotado na gestão, tendo, inclusive, indicado o secretário de Educação, Rodrigo Caldas. Também em 2023, Baldy chegou a dizer que o Progressistas poderia até indicar o vice de Cruz.
Bom para Rogério. O PP faz parte do governador Ronaldo Caiado e conta como ponto positivo para o prefeito. O gestor estadual, por sua vez, não definiu que nome a base irá apoiar. Nos bastidores, a informação é que a filha de Iris Rezende, a advogada Ana Paula Rezende, estaria certa na briga pela cadeira. Ao mesmo tempo, continuam na pauta nomes como o do ex-prefeito Jânio Darrot (MDB), do ex-deputado José Vitti e até do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), que disse que o foco seria a Câmara Federal durante o retorno dos trabalhos legislativos.
Outro nome que apareceu na última semana foi do senador e presidente do PL, Wilder Morais. Informações sugerem que Caiado o teria procurado, mas que ele não teria a prefeitura como foco – na verdade, o congressista está de olho no Palácio das Esmeraldas, em 2026.
Mas de volta a Rogério, ele entende as dificuldades em meio a uma base tão grande. No fim do ano passado, Cruz afirmou que continuará trabalhando para garantir o apoio do governador Ronaldo Caiado, figura que, para ele, tende a ser crucial para a disputa deste ano. “Todo mundo quer ter a mão do governador abençoando. Eu também quero. Lá atrás, apoiei o governador [em seu projeto de reeleição], fui contra o meu próprio partido. Com o nosso apoio, o governador venceu em primeiro turno”, rememorou.
E continuou: “Ele me disse que se eu me viabilizasse, o que entendo perfeitamente, caminharemos juntos. Então vamos fazer uma análise, vamos fazer estudos. Posso estar com a máquina na mão, mas se não tiver viabilidade para isso, vou fazer campanha para quê? Para me desgastar? Se não tiver viabilidade vou ‘tirar o pé’. Mas se tiver, vamos em frente. O governador tem, hoje, mais de 80% de aprovação. Ele vai colocar a mão em qualquer um? Não vai. Ele está corretíssimo.”
O apoio de Caiado não é fácil. Cruz, contudo, tem um trunfo. A lealdade. Enquanto o partido Republicanos caminhava com a candidatura de Gustavo Mendanha, que concorreu ao governo pelo Patriota – e que está prestes a voltar para o MDB do vice-governador Daniel Vilela – Cruz decidiu apoiar Caiado.