MPF solicita arquivamento de inquérito de Fabio Wajngarten
Ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) teria recebido verbas públicas através de empresas que mantinham contrato com o Governo Federal | Foto: Anderson Riedel/PR
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou o arquivamento do inquérito de Fabio Wajngarten, que estava sendo investigado por receber verbas públicas, através de empresas que mantinham contrato com o Governo Federal durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesse período, Fabio era chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom). A suspeita era de que houvesse suposta prática de crimes de cunho de advocacia administrativa e, ainda, de peculato.
Frederick Lustosa de Mello, procurador da República, foi o responsável por pedir o arquivamento à 10ª Vara Criminal do Distrito Federal e justificou a ação ao afirmar que não existiria uma “linha de investigação idônea”.
“Considerando que os dados colhidos não foram suficientes para caracterização dos supostos delitos investigados, mostra-se inócuo o prosseguimento do feito, não havendo elementos de informação suficientes para oferecimento de denúncia ou para novas diligências complementares”, argumentou o procurador no pedido.
FW Comunicação e Marketing
Em concordância com dados obtidos através da Receita e da Junta Comercial de São Paulo, Fabio Wajngarten era detentor de 95% das cotas da empresa “FW Comunicação e Marketing”. Os 5% restantes pertenciam à mãe do ex-chefe da Secom, Clara Wajngarten.
Segundo a Folha de São Paulo, Wajngarten teria recebido, através de sua empresa, dinheiro de agências de publicidade e emissoras de televisão contratadas por órgãos do governo Bolsonaro — ministérios, estatais e, até mesmo, pela própria secretaria chefiada por Fabio.